Quem quiser governar com o CDS é para contar com as ideias do CDS, foi este o “recado” de Rui Barreto

rUI bARRETO rIBEIRA bRAVASe o PSD e o PS, em função das sondagens que não garantem maiorias absolutas, estiverem já a pensar numa coligação pós eleitoral, para as regionais de setembro, é aconselhável que tenham em conta o que dizem os potenciais “aliados”. O CDS, por exemplo, através do líder regional, disse hoje, na Ribeira Brava, que caso “o CDS seja chamado a governar vão ter de ceder às ideias do CDS”, avisou Rui Barreto.

Barreto falava no final da votação para os órgãos concelhios do CDS-PP da Ribeira Brava, que reelegeu Rafael Sousa na liderança da comissão política local. O dirigente centrista, que desde 2017 é também vice-presidente da Câmara da Ribeira Brava, é um dos quadros do partido que melhor conhece a realidade e as necessidades do concelho da zona oeste da Região.

Com a proximidade da data das eleições regionais de 22 de setembro, a pré-campanha eleitoral ganha novos contornos. Atento ao momento político deste fim de semana, o líder do CDS-PP diz que tem assistido “a comentários para todos os gostos” e apontou ao contexto em que surgem: “Que uns são mais próximos do que outros, que uns partidos são mais amigos de uns do que outros”, sinalizou. “Aquilo que eu quero reafirmar, é que votar no CDS não é a mesma coisa do que votar no PSD. Votar no CDS não é a mesma coisa do que votar no Partido Socialista, um partido cada vez mais encostadinho à extrema esquerda. Votar no CDS, é votar no programa do CDS. É votar nas ideias do CDS. É votar para que nada fique igual.”

O dirigente centrista fez questão de avisar: “O CDS não vai estender a passadeira a ninguém. O CDS não deseja nem quer o poder a qualquer custo. O CDS defende e defenderá aquilo em que corajosamente acredita e terão que ceder às ideias do CDS.”

Rui Barreto garante que o único compromisso assumido pelo partido que lidera “é com todos os madeirenses” e dá exemplos disso mesmo com o trabalho realizado, quer com o Governo PSD, quer com os executivos de Paulo Cafôfo na Câmara do Funchal: “Foi a teimosia do CDS que fez com que fosse possível baixar o preço dos passes sociais, vergando o governo a esta ideia do CDS. Foi por proposta do CDS que temos hoje na Madeira para as pequenas e médias empresas a taxa mais baixa de IRC de todo o país. Foi também pela teimosia do CDS – falta apenas o Governo regulamentar – que hoje temos um regime específico para que na confecção de refeições nas escolas, lares e hospitais, primeiro se compre aquilo que é nosso, aquilo que é produzido pelos nossos agricultores garantido rendimento que fica na Madeira”, referiu, lembrando que enquanto vereador na CMF foi por proposta do CDS que as famílias com crianças nas creches privada passaram a ter apoio; foi o seu partido que travou o aumento da derrama em 200 por cento, como pretendia o executivo de Paulo Cafôfo; foi também por proposta do partido que será possível legalizar as chamadas habitações clandestinas; foi do CDS – falta a CMF regulamentar –  a proposta de criação do cartão “Eco Funchal” que prevê descontos da factura da água para os munícipes que entreguem os resíduos sólidos nos locais indicados pela autarquia.