Cafôfo defende criação de Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

O candidato do PS-Madeira à presidência do Governo Regional visitou, esta tarde, a Estação de Transferência e Triagem de Resíduos Sólidos dos Viveiros, aproveitando para defender a participação dos municípios no capital da empresa Águas e Resíduos da Madeira, e a criação de uma Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

Paulo Cafôfo considerou o Ambiente uma causa muito actual, alertando que “não é ficção nem é longe daqui que as alterações climáticas, mas também o impacto de determinados comportamentos que são nocivos ao ambiente, se fazem acontecer”. Nesse sentido, evocou a recente investigação do MARE aos plásticos e microplásticos na costa madeirense, acrescentando que isso é um sinal de que “temos de intervir”, protegendo a biodiversidade mas também a gestão eficiente das águas e dos resíduos e da conservação da floresta.

“Precisamos de ter uma estratégia integrada no âmbito do ambiente, com objectivos claros, metas muito bem definidas e o respectivo financiamento”, defendeu”, considerando que é possível criar riqueza, emprego, combater a pobreza e simultaneamente preservar o ambiente e inverter aquilo que têm sido as alterações climáticas e as suas consequências.

Reconhecendo que neste momento existe uma empresa do foro público regional, a ARM, apontou todavia que, sendo as águas e resíduos competência dos municípios, faz todo o sentido que estes possam participar no capital da ARM e serem determinantes na definição das políticas que são feitas neste âmbito. “Não pode ser o Governo Regional a ser maioritário ou a definir essas políticas. Deve intervir, mas sendo uma das partes e as outras partes serem os municípios”, sustentou.

Para Cafôfol, a ARM tem sido uma arma de arremeso político, pelo que defendeu a criação de uma Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), uma entidade independente e que define os valores a pagar nas águas e nos resíduos.