O “Baixio” anda por baixo

Baixio porto do Funchal
O navio está atracado e tem sido um “pára-arranca”. Fotos Rui Marote

OLYMPUS DIGITAL CAMERARui Marote

Há dois meses que decorrem os trabalhos de dragagem no porto do Funchal, na foz da ribeira de São João. A draga, de nome “Baixio”, propriedade da Tecnovia, tem passado a maior parte do tempo atracada ao cais de São Lázaro e a limpeza naquela área acontece devagar, devagarinho, num baixio que não escapa a quem por ali passa todos os dias. É aquilo a que no passado se dizia tratar-se da “semana inglesa”, neste caso o fim de semana.

O Estepilha já pensou que outra coisa do passado pode estar aqui a pesar nos pensamentos, aquela que “santos da casa não fazem milagres”. E porquê? Porque a dragagem do porto do Porto Santo fez-se com uma equipa de fora, do estrangeiro como se dizia, já que estamos entre o passado e o presente. Essa equipa, com um equipamento moderno, era um vê se te avias, embora os fundos sejam outros.

Aqui com os nossos botões, estamos a pensar que devem existir prazos para esta dragagem. Ou talvez não. Mas se não há, devia haver. Além disso, estes fundos poderão criar dificuldades acrescidas e a opção pode ser a de utilização de balde, processo muito mais demorado.

Por este andar, a espera será longa e a época alta de cruzeiros não espera. Barco parado não ganha frete, draga parada não limpa fundos. Pelo menos estes…

O Estepilha bem sabe que as empresas entraram na Região no tempo de Jardim, e muito bem, pela construção de vários investimentos, mas convém acompanharem a velocidade dos tempos e, no caso, limpar o fundo como deve ser e depressa.

Isto para não voltarmos à pá e à picareta.

Ou o “Baixio” anda por baixo?