O vice presidente do Governo Regional deslocou-se à Ilhopan e constatou um facto que lhe causou estranheza, não obstante a Região estar a reduzir o número de desempregados à luz da estatística, menos 32% em seis anos. A estranheza resulta da necessidade que esta empresa tem relativamente à contratação de 15 empregados e a dificuldade que a mesma sente nessa contratação. Pedro Calado ficou surpreendido, uma vez que esta realidade tem vindo a acontecer com outras empresas da Região. E no caso da Ilhopan nem trabalha ao sábado e domingo.

Calado diz que não percebe as razões pelas quais isto ainda acontece. “Se houvesse falta de trabalho era uma coisa, não é isso que acontece. Há trabalho e as empresas, inexplicavelmente, têm dificuldade de recrutamento. Se a empresa não tem mão de obra não consegue produzir mais. Acho que há um certo comodismo das pessoas por terem associado um outro tipo de rendimento, que é o subsídio de desemprego. Há pessoas inscritas nos centros de emprego e há falta de mão de obra. As pessoas devem aproveitar estas oportunidades encarando-as como grandes oportunidades de emprego, mudando o seu estilo de vida”.

O vice presidente lembra que já foi criticado por dizer que há trabalho e as pessoas é que não querem trabalhar, mas agora, como diz, constatou uma realidade que vai ao encontro do que tem vindo a afirmar.

Na Ilhopan, uma empresa que fatura 7 milhões de euros e uma exportação que representa quase 20% do que produz, com 143 funcionários, Pedro Calado ouviu as preocupações dos empresários e realça a circunstância da Região ter reduzido a carga fiscal, quer em sede de IRS, quer de IRC, permitindo com que estas empresas continuem a evoluir no seu desenvolvimento tecnológico e criação de postos de trabalho”.