RAM participa novamente no exercício CiberPerseu 2018, testando a segurança informática

Segundo uma informação governamental, a Madeira volta a marcar presença no exercício de ciberdefesa “CiberPerseu 2018”,uma iniciativa que decorrerá entre os dias 12 e 16 do corrente mês. Com o objectivo de preparar o evento, decorreu esta quarta-feira, no auditório do edifício Golden, um seminário no qual o tema foi amplamente abordado.

O general Bento Soares, director de Comunicações e Sistemas de Informação do Exército Português, falou em videoconferência a partir de Lisboa, elogiando a participação assídua da Região Autónoma da Madeira, desde 2012, nestes exercícios.

Bento Soares recordou que esta é já a sétima edição do CiberPerseu, e aproveitou para felicitar todas as entidades, públicas e privadas, nacionais e internacionais, que se juntam, agora, para mais “um exercício em que todos têm a aprender e a treinar procedimentos nos domínios da segurança e da protecção de dados”.

Na oportunidade, a directora regional do Património e Informática, Élia Ribeiro, agradeceu também a colaboração do Exército e realçou a importância deste evento, numa altura em que o ciberespaço tem tido cada vez maior visibilidade e relevância.

O ciberespaço, segundo Élia Ribeiro, “constitui hoje um espaço de acesso livre e aberto, materializando um domínio de interacção global e um factor de desenvolvimento económico e social, decorrente das oportunidades que as tecnologias da informação e da comunicação proporcionam pela integração e o desenvolvimento de cadeias de valor em rede, consubstanciada na presença online do sector público, das empresas e dos cidadãos”.

A directora regional do Património e Informática salientou, por outro lado, que “a internet é também utilizada por diversos atores mal-intencionados, nomeadamente, para lançar ataques contra redes e sistemas de informação. Estes ataques, que não reconhecem fronteiras entre o domínio público e privado, civil e militar, nacional e internacional, têm-se vindo a tornar cada vez mais disruptivos e destrutivos, afectando tanto individual como colectivamente as modernas sociedades, comprometendo a segurança da informação e o funcionamento das infraestruturas críticas das quais dependem”.

Tal como afirmou, “a gestão do risco social daí decorrente, tem vindo a impor a necessidade de sensibilizar as organizações para esta problemática e a entrada em vigor do RGPD, veio introduzir requisitos de conformidade ao nível da cibersegurança”.

O Exército tem vindo, desde 2012, a conduzir um Exercício anual de Ciberdefesa, ao qual foi atribuída a designação de “CIBER PERSEU”. A RAM tem participado desde 2016.

“A DRPI – Direcção Regional do Património e Informática, enquanto provedor de tecnologias de informação da Administração Pública Regional, assume uma responsabilidade acrescida no que a garantia de informação e à continuidade de serviço diz respeito. De entre as acções desenvolvidas destacam-se a qualificação e formação dos seus quadros especializados através de ações de sensibilização, cursos de formação e exercícios de gestão de crises no ciberespaço em cooperação com outras entidades”, refere um comunicado.

Por isso, destacou Élia Ribeiro, “importa desde já agradecer ao Exército Português a oportunidade que nos oferece, e deixar o compromisso de aprofundar esta cooperação civil-militar, tendo em vista uma resposta mais eficaz e eficiente às ameaças que o ciberespaço apresenta, numa lógica cooperativa com vista a maior ciber-resiliência da Região Autónoma da Madeira”.