Porto Santo responsabiliza diretamente o Ministério de Pedro Marques pelos cancelamentos dos voos da Binter

idalino-vasconcelos
Idalino não poupa o Governo da República responsabilizando o ministério de Pedro Marques pelos 16 cancelamentos de voos da Binter para o Porto Santo.

A decisão do Governo da República de prorrogar, por dois meses, o ajuste direto da operação da Binter na linha Madeira/Porto Santo, veio provocar uma onda de protestos ao nível tanto do Governo Regional como da Câmara Municipal do Porto Santo, uma vez que o ministro sempre tinha afirmado que o ajuste não tinha terminado e que os cancelamentos nada tinham a ver com condições contratuais.

Hoje, o gabinete de Idalino Vasconcelos, o presidente da Câmara, emitiu um comunicado onde responsabiliza o Ministério do Planeamento de das Infraestruturas, de Pedro Marques: “É o responsável pela situação que se viveu com os 16 cancelamentos inéditos das ligações aéreas, do dia 7 ao dia 13 de agosto, que com o seu desleixo, afetou dezenas de pessoas, em especial os porto-santenses e motivou fortes queixas da população”.

A Câmara considera “uma trapalhada” a forma como a República conduziu o processo de concessão da linha aérea, “uma vez mais, prorrogada por mais dois meses, sinónimo de um claro desrespeito com a população do Porto Santo. A solução agora encontrada surge da pressão que o Município fez, juntamente com o Governo Regional e os Deputados da Assembleia da República e da Região”.

O Presidente da Câmara Municipal não aceita que as más condições climatéricas “tenham sido o único motivo dos 16 cancelamentos sendo óbvio para a população que houve passividade, inércia e incompetência”.

Neste particular, acusa também o vereador do Partido Socialista de “agir silenciosamente, ao sabor do Governo da República, em relação à questão do cancelamento desses 16 voos da Binter, só reagindo após tomar conhecimento que o Município do Porto Santo solicitou a intervenção do Presidente da República e audiência com o Sr. Ministro do Planeamento e Infraestruturas”.

Aponta ainda a liderança autárquica no Porto Santo que “não há qualquer dúvida que com a inércia e incompetência do Secretário de Estado das Infraestruturas o destino Porto Santo foi fortemente lesado, em especial nesta altura do ano, causando danos irreversíveis na economia e na imagem da nossa ilha, que comemora este ano 600 anos do seu descobrimento”.