Egídio Fernandes foi aos Açores dizer que o bloco quer romper com herança do PSD

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O madeirense Egídio Fernandes representou a comissão política do BE-Madeira na VI convenção regional do BE-Açores, ontem 14 de julho, em Ponta Delgada, que elegeu António Lima como novo coordenador regional.

Na sua intervenção, Egídio Fernandes disse que o Bloco afirma-se com propostas claras, na defesa dos serviços públicos e em rotura com a subordinação aos interesses privados.

Para o bloquista, o PS é a alternância sem alternativa real, fomenta uma bipolarização fulanizada sem propostas claras, sem a rotura necessária com os interesses instalados.

A bipolarização estreita a democracia e a fulanização reduz as eleições a um concurso de “mister Madeira”.

Como regiões insulares, a Madeira e os Açores partilham desafios comuns: A continuidade territorial; o aprofundamento da Autonomia… ou uma nova autonomia que responda às necessidades do povo e não à preservação do poder das elites locais; o conservadorismo historicamente enraizado; a pobreza das classes populares e a recorrente emigração, face à ausência de perspectivas de emprego com futuro; a captura do poder político pelos poderes privados e a subordinação do interesse geral a interesses particulares.

“Cá nos Açores como na Madeira, as próximas eleições regionais são determinantes para assegurar que as populações tenham a voz de uma esquerda que os defenda, a nossa voz. O BE deve manter a atitude responsável que sempre teve, com a exigência, consciência crítica, princípios e valores sociais que nos caracterizam”, disse.

“Na Madeira enfrentamos eleições no próximo ano e há fundada expectativa de termos uma maioria diferente pela primeira vez em 42 anos de autonomia. O PSD está caduco, alienado da realidade! O PS aspira a uma vaga de fundo que o leve ao poder numa alternância sem alternativa real. Fomenta uma bipolarização fulanizada sem propostas claras, sem a rotura necessária com os interesses instalados”, acrescentou.

“A ideia de bipolarização estreita a democracia e a fulanização resume as eleições regionais a um concurso do “mister Madeira””, sintetizou.