CDS conclui da resposta do Governo que para este contam os números, não as pessoas

Relativamente à informação dirigida hoje, quarta-feira, dia 27 de Junho, à comunicação social pelo Governo Regional, através da Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, na sequência da conferência de imprensa realizada na passada segunda-feira pelo presidente do CDS, que abordou os números do desemprego divulgados pelo Executivo, vêm os centristas referir que “a nota emitida pelo Governo Regional é muito esclarecedora para o CDS, na medida em que confirma que o Partido tem razão quando pergunta ao Executivo como foi possível “colocar 24.190 pessoas no mercado do trabalho”, entre 2015 e 2018, se a Região continua com a maior taxa de desemprego do país, com 17.217 desempregados – dados oficiais do Instituo de Emprego da Região Autónoma da Madeira (IEM)”.
O CDS aponta que o Governo Regional refere: “Este valor (24.190) considera as integrações registadas no período, independentemente da duração do contrato. Logo, não se contam as pessoas, mas sim as colocações (a mesma pessoa pode inscrever-se no IEM várias vezes, assim como pode ser colocada várias vezes.”
Por outro lado, registam também os centristas a frase: “Não se contam as pessoas, mas sim as colocações, a mesma pessoa poderá ser colocada várias vezes.”
Ora, concluem os centristas, de acordo com este método estatístico do Governo Regional, “as pessoas não contam, o que conta é a mesma pessoa ser colocada todos os meses, assim ao fim de um ano o Governo Regional consegue contabilizar 12 “pessoas colocadas no mercado de trabalho”, ainda que as 12 vezes corresponda sempre à mesma pessoa”.
Por causa da seriedade da situação diz o CDS, num comunicado assinado pelo presidente do partido, António Lopes da Fonseca, que se recusa “a brincar com a vida e o emprego das pessoas, a manipular números e estatísticas para títulos de jornais a letras gordas, e, desse ponto de vista, o CDS agradece o Governo Regional pelo seu comunicado ter vindo a público dar-nos razão”.