“Mais Porto Santo” indignado com silêncio de Costa sobre a linha aérea, não é possível marcar passagens a partir de 4 de junho

Aerovip
“Temos de conseguir responsabilizar os governos da República e da Madeira para uma solução rápida sobre o concurso público internacional de concessão dos serviços regulares na rota Porto  Santo/Madeira, que vai custar a mísera quantia de 5,6 milhões de euros por um período de três anos”, diz José António Castro.

O movimento “Mais Porto Santo” reagiu hoje ao facto do primeiro ministro ter vindo à Madeira sem dizer “uma única palavra sobre a adjudicação do concurso internacional para a linha regular entre a Madeira e o Porto Santo. Isto é vergonhoso, lamentável e ofensivo à dignidade da população, que não consegue marcar viagens a partir de 4 de Junho”.

Numa nota enviada à comunicação social, José António Castro, líder do movimento, refere que “a preocupação do actual executivo madeirense é somente para com o novo hospital e a deficitária ligação de ferry entre o Funchal e Portimão. O resto é paisagem, infelizmente. Por arrasto, a Câmara Municipal do Porto Santo, que nada faz sem a autorização das cúpulas do PSD-Madeira, vai assobiando para o lado, limitando-se a acusar o Governo da República de nada fazer, ainda que esteja perfeitamente ciente de que uma intervenção mais séria e humana por parte de quem governa os destinos do nosso arquipélago ajudaria a resolver este impasse, que tem graves prejuízos para a população e, naturalmente, economia do Porto Santo”.

José António Castro dirige críticas ao Governo Regional, responsabilizando-o pelo facto do concurso da concessão da linha aérea Madeira/Porto Santo não estar concluído quando estamos em vésperas de expirar o que está atualmente em vigor. Mas também direciona as suas declarações para o vereador socialista Filipe Menezes de Oliveira, acusando-o de ir a Lisboa “anunciando alto e bom som ter-se reunido diversas vezes com o Ministro e o secretário de Estado das Infraestruturas mas que trouxe sempre uma mão cheia de nada”.

Castro garante que o movimento “Mais Porto Santo” não vai desistir “de lutar por um futuro digno dos porto-santenses, pois essa é a nossa matriz. Mesmo longe dos poderes de decisão, sem compadrios e sem estarmos vendidos a interesses de terceiros que não sejam os nossos, prometemos não desistir. Se somos obrigados a pagar a autoestradas fantasmas que se construíram no País, que vão custar aos portugueses até 2043 a módica quantia de 440 milhões de euros ano, temos de conseguir responsabilizar os governos da República e da Madeira para uma solução rápida sobre o concurso público internacional de concessão dos serviços regulares na rota Porto  Santo/Madeira, que vai custar a mísera quantia de 5,6 milhões de euros por um período de três anos. E só o vamos conseguir se sairmos à rua em protesto, com a revolta do povo, independentemente das nossas cores políticas, porque em primeiro lugar está o Porto Santo ”.