Vítor Menezes, presidente do Clube Desportivo Portosantense, demarca-se de qualquer situação relacionada com a gestão do Portosantense Futebol SAD, que em sua opinião “foi criada em boa hora atendendo aos custos que envolve e que o clube não teria possibilidades de suportar”. Apesar de ter lugar na administração da SAD, por inerência de funções no clube, afirma não ter conhecimentos dos atos de gestão, nem tão pouco de situações que tenham a ver com ordenados em atraso e de queixas de jogadores.

O responsável pelo clube diz-se mais preocupado com a formação dos jovens, na atividade desportiva que o clube leva a efeito, deixando de fora a atividade da SAD e recusando qualquer responsabilidade em matérias que os jogadores possam vir apontar em público. “Acho que a SAD tem os seus méritos, o envolvimento do investidor nigeriano tem sido positivo para a manutenção do futebol na Divisão de Honra”, mas faz questão de “separar as águas”, dizendo claramente que “uma coisa é o Portosantense clube, outra é o Portosantense SAD”.

Não obstante reconhecer os méritos da constituição da SAD, Vítor Menezes deixa, no entanto, algumas razões de queixa da atuação da atual gestão da Sociedade Anónima Desportiva, uma vez que “a SAD não cumpriu, até ao momento, os compromissos assumidos aquando da sua constituição. O clube decidiu constitui a SAD, mas com uma condição que ia no sentido do pagamento da dívida, mas isso ainda não foi cumprido”.

Relativamente às denúncias do jogador da SAD, o brasileiro Davi Alves, sobre os ordenados em atraso e condições precárias na sede, o presidente do Portosantense diz que “o clube aceitou que a SAD colocasse os atletas na sede, numa demonstração de boa vontade e num enquadrame nto de boa colaboração, mais nada”.