Com Rui Marote
A solução de implantar na cidade do Funchal novos contentores de lixo subterrâneos ou ilhas ecológicas só peca por ser tardia, até porque o sistema está a funcionar em diversas cidades da Europa há cerca de 20 anos. Mas, já diz o ditado que, mais vale tarde do que nunca. A Câmara Municipal do Funchal lança este processo de recolha de lixo em diversas áreas do centro do Funchal, ganhando assim mais espaço e mais higiene e, por outro lado, reduzindo o número de contentores na via pública que, em muitos casos, acabavam por condicionar a circulação pedonal, além de eliminar praticamente os maus odores.
No fundo, estas ilhas ecológicas subterrâneas assentam numa caixa escavada no solo, onde é instalada uma cuba de betão estanque e impermeável. É nesta cuba que se encontra inserido o contentor. À superfície, o munícipe encontra um marco metálico, que poderão ser dois ou três (tipo marco de correio), com cerca de um metro de altura, bastando abrir a tampa e depositar o saco de lixo e voltar a fechá-la.
A nova forma de recolha sensibiliza os munícipes para a redução da produção de resíduos através de dois apelos: separar os resíduos recicláveis (papel ,cartão, plástico,metal,vidro, pilhas e óleos alimentares usados )e colocá -los no eco-ponto mais próximo.
O ambiente agradece esta solução da CMF. Mas o Estepilha alerta desde já para o”desastre” da localização. Os responsáveis camarários decidiram, em cima do joelho, “matar a galinha dos ovos de ouro”ao optar por instalar o novo sistema de recolha de lixo na maior paragem dos autocarros de turismo do centro do Funchal, onde entram e saem turistas dos navios de cruzeiro que nos visitam.
As imagens que o Estepilha publica são elucidativas . Além de estarem a ser construídas junto à paragem de autocarros, uma das ilhas ecológicas distam a cerca de 25 metros do Teatro Municipal. Portanto, o Estepilha atreve-se a dizer que é uma escolha errada, que já não tem solução …
Será que a edilidade irá disponibilizar outro local para deixar e recolher os turistas quando a cidade luta por falta de espaços?