Árvores cortadas na Igreja Inglesa; no Colégio dos Jesuítas, cipreste “morre de pé”

*Com Rui Marote

O cuidado com as árvores tem estado na ordem do dia, ultimamente. De repente as pessoas acordaram para o potencial perigo que árvores idosas e que já não se apresentam de boa saúde podem representar para as pessoas. Por outro lado, algum exagero que se terá verificado no corte de árvores também não fica isento de críticas por parte de muitos.

O certo é que as atitudes vão sendo díspares. Recentemente, o FN assistiu ao corte de árvores na Igreja Inglesa, à Rua do Quebra-Costas. A casa do pastor desta igreja protestante ficou consideravelmente mais arejada, mas nem todos concordam com o corte, e alguns cidadãos manifestaram-nos a sua discordância.

As versões são conflitantes. Perante as imagens, o conhecido ecologista Raimundo Quintal comentou-nos concluir “que a árvore que apresenta o interior do tronco destruído (possivelmente por fungos) deve ser abatida”. Assim, concordou com o seu corte. Por outro lado, outras fotografias mostram o corte duma palmeira. “Porque não vi o estado da copa, não sei se estava ou não atacada pelo escaravelho”, declarou.

Entretanto, o FN apurou que uma das árvores foi cortada devido a estar, alegadamente, a danificar a calçada do quintal, e se temer que algum galho pudesse cair sobre um carro. Porém, nenhum carro estaciona na via pública frente ao edifício da residência do pastor.

Já a palmeira terá sido cortada sem motivo, mas os vizinhos agradecem porque voltaram a ter luminosidade em suas casas.

Uma outra árvore já tinha sido cortada há mais tempo, por não oferecer saúde, uma vez que o seu interior estava fragilizado.

Quem efectuou o corte foram dois bombeiros municipais, que constituíram uma firma especializada em cortes, devidamente autorizada e capacitada com material específico.

Entretanto, e na outra ponta do espectro, o FN reparou neste cipreste no interior do pátio do Colégio dos Jesuítas, no Funchal. Aqui a atitude foi outra, confirmando mesmo o adágio de que “as árvores morrem em pé”. Preso por cabos e espias, o cipreste parece já ter ido desta para melhor há algum tempo… Mas o seu cadáver permanece preservado.