João Paulo Santos critica bolsas e problemas da viticultura em Câmara de Lobos

O vereador do CDS-PP Madeira na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, João Paulo Santos, abordou na manhã de hoje questões relacionadas com o orçamento da autarquia para 208, em especial em dois capítulos: bolsas de estudo: CDS quer baixar a nota de acesso para que mais famílias possam aceder às mesmas; e a solução para o escoamento de toda a produção de uva negra mole: o CDS entende que há um recuo do presidente da Câmara em relação às promessas eleitorais que fez e com isso prejudica os produtores.
João Paulo Santos sublinhou que os centristas se abstiveram tanto no Orçamento como no Plano para 2018 em Câmara de Lobos. A opção foi determinada pela linha política que saiu das últimas eleições autárquicas: o orador asseverou que o CDS é um partido da oposição, não do contra, e que por isso dá o benefício da dúvida. “Vamos apresentar algumas propostas para enriquecer o plano da governação, e vamos estar atentos à execução orçamental”, prometeu.
No entanto, e relativamente aos supracitados temas, João Paulo Santos salientou que, “com o ruído da campanha eleitoral, muitas famílias ficaram convencidas de que as bolsas de estudo eram para todos. Mas não são. Este regulamento deixa de lado quase todas as famílias da classe média”. Por isso, o CDS vai apresentar uma proposta de alteração ao regulamento das bolsas, pelos já supracitados motivos.
Outro assunto que, nas palavras do vereador, “ferveu mais que o próprio vinho” foi a ajuda aos viticultores no dito excesso de produção da uva tinta negra. A 19 de Setembro, disse, o presidente da Câmara anunciou que havia um acordo com o IVBAM para ajudar os viticultores em 13 cêntimos; passados dois meses, verifica-se que afinal o IVBAM ficou de fora, a Câmara reencaminha a verba para uma associação cultural e recreativa e esta vai efectuar os pagamentos de acordo com uma listagem que o IVBAM cedeu a esta instituição e à Câmara também”. Ora, João Paulo Santos pergunta porque não escolher uma associação de agricultores? Esta situação criou uma discriminação: vão haver viticultores que vão ser tributados no valor total da sua produção, e outros que vão ser tributados apenas em 80 cêntimos por quilo.