Há pressões para retirar polícia da Ponta do Sol mas entidades procuram soluções com a Administração Interna

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A polícia está instalada num edifício sem condições, degradado e com um acesso estreito e inadequado às necessidades de intervenção de uma força de segurança. Foto Rui Marote

Há muitos anos que a polícia da Ponta do Sol está num edifício sem condições de acolher uma força policial, não só pela localização, que não corresponde minimamente ao contéudo funcional em matéria de segurança, mas também porque as instalações foram sofrendo, progressivamente, uma degradação acentuada.

São poucos os que entendem porque razão aquele corpo de segurança ainda ali está. E comenta-se, com preocupação, a falta de avanço nas negociações tendentes a encontrar uma solução que corresponda à dignidade da PSP e ao serviço que deve ser prestado às populações.

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O espaço junto à Gesba poderá ser um dos locais de reserva para a polícia. Foto Rui Marote
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Nesta zona estará um dos espaços disponibilizados pela Câmara da Ponta do Sol. Foto Rui Marote

O facto do edifício estar localizado numa zona com acesso feito através de um arruamento estreito, torna a situação muito complexa em caso de uma emergência que exija intervenção rápida em que a PSP precise de sair de modo eficaz sem qualquer impedimento. Não têm acontecido situações graves, mas o edifício não corresponde, minimamente às exigências.

Neste contexto, o FN sabe que o Ministério da Administração Interna só ainda não avançou com as obras por manifesta falta de verbas, uma vez que a Câmara Municipal já terá avançado com a possibilidade de três espaços à escolha para as futuras instalações, situação que terá de ser adaptada ao projeto que está em cima da mesa e que, garantem-nos, “será o mais exequível” para dar a dignidade que a força policial merece.

O processo deverá resultar de uma negociação entre a autarquia  e o Ministério, mas em vésperas de eleições, não é de crer que este dossier vá sofrer avanços. Há unanimidade, entre os partidos, numa solução rápida e eficaz para a instalação da polícia, uma vez que todos admitem a falta de condições do atual edifício.

O FN sabe que, paralelamente às questões processuais e financeiras, têm vindo a registar-se algumas pressões, de visão economicista, que apontam para uma racionalização de meios policiais distribuídos pela ilha. Há quem tivesse admitido, embora não na praça pública, que o apoio policial à Ponta do Sol deveria ser assegurado pela esquadra da Ribeira Brava, sobretudo sendo um concelho muito próximo e com fáceis acessos, facto que as entidades locais e as forças vivas rejeitam categoricamente e nem querem ouvir falar.

A Ponta do Sol quer manter a polícia e há uma consciência que “o corpo policial ali destacado tem cumprido a missão de uma forma exemplar, apesar das dificuldades”.