SRETC lamenta “mais uma decisão adiada” da República no que concerne ao subsídio de mobilidade

A Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura veio hoje lamentar, em comunicado, aquilo que considera ser “mais uma decisão adiada, por parte de um Governo da República que teima em desrespeitar a lei e que mente compulsivamente, prejudicando, mais uma vez, os interesses e a mobilidade dos madeirenses e porto-santenses”. Esta reacção deriva da notícia hoje publicada, num órgão de comunicação social regional, dando conta de que a revisão do subsídio de mobilidade só deverá acontecer depois das eleições autárquicas, ou seja, apenas após o dia 1 de Outubro.

“Ainda que compreendendo a complexidade da matéria em causa, esta Secretaria Regional não consegue perceber mais este atraso, «num processo que já se arrasta desde Janeiro de 2016», altura em que o Governo Regional já alertava para a necessidade desta revisão, com inúmeras insistências pelo meio e com promessas do Estado que, mais uma vez, não passaram disso mesmo, ao longo do último ano e meio”, diz a SRETC.

Relembrando que a República “apenas foi capaz de facultar alguma informação, sobre a evolução deste subsídio, no passado dia 10 de Maio”, esta Secretaria Regional recorda, também, “que foi neste dia (10 de Maio) e ao contrário do que afirmou o Sr. Ministro na Assembleia, que o Governo da República pediu ao Governo Regional a indicação dos nomes para a constituição de um grupo de trabalho que se iria debruçar sobre este dossiê”.

Cinco dias depois, a 15 de Maio, “o Governo Regional respondeu ao Estado Português, informando acerca dos representantes da Região para esse Grupo de Trabalho, Grupo que, até hoje, continua sem estar constituído, não existe e não avança em nada”, contrariamente «à nossa vontade, à resposta que foi dada e ao que foi, na altura, veiculado”, refere a Secretaria dirigida por Eduardo Jesus.

Aliás, reforça, “dizer que as alterações irão ser discutidas em sede do Grupo de Trabalho na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas é, mais do que caricato, adiar, novamente, o problema e desresponsabilizar-se, mais uma vez, de um processo que deveria ser prioritário”.

Reiterando que este modelo foi o melhor alguma vez experimentado na Região, esta Secretaria Regional sublinha, por fim, que a sua evolução foi sempre considerada premente pelo Governo Regional, “até porque é da prática que se concluiriam quais os melhores e mais acertados ajustamentos a fazer”. Aliás, sublinha, “por isso mesmo é que a Região tem vindo a defender esta revisão, que esta consagrada na lei, realidade que o Estado Português, de forma irresponsável, impossibilitou e continua a impossibilitar até à data, com graves prejuízos para os residentes na Madeira e no Porto Santo”.