Até breve! A Índia foi para mim um amor à primeira vista. A fotografia permitiu-me viajar pelo mundo… tenho sido muito feliz. É um prazer observar o mundo, viajar por ele e passar por esta enorme aventura… Pela quarta vez, vou à Índia, um país que amo e que me fascina cada vez mais. Ali posso esperar que as coisas aconteçam. Há tantas contradições, há tanta gente… é tão rico. Para quem ama o retrato, é o lugar certo: um país de milhões de rostos e de mil cores. Não interessa o tempo que gastamos com uma pessoa. No seu rosto estão gravadas imensas histórias. Podemos descobrir o inesperado.

Estarei ausente 35 dias. Estejam atentos às reportagens de viagem que publicarei no FN.
E para os amantes das viagens, deixo-vos este poema:
“Morre lentamente quem não viaja/ Quem não lê,/ Quem não ouve música,/ Quem destrói o seu amor próprio,/ Quem não se deixa ajudar/ Morre lentamente que se transforma em escravo do hábito,/ Repetindo todos os dias o mesmo/ trajecto,/ Quem não muda as marcas no supermercado,/ Não arrisca vestir uma cor nova,/Não conversa com quem não conhece.”

Pablo Neruda