As interrupções de gravidez por opção da mulher diminuíram, novamente, em 2015, segundo dados oficiais publicados hoje pela Direcção-geral da Saúde (DGS).
As interrupções de gravidez até às dez semanas representam a maioria (96,5%) de todos os abortos realizados no ano passado.
O relatório com os registos de interrupção da gravidez estão disponíveis e podem ser consultados no micro site “Saúde Sexual e Reprodutiva” da DGS.
Relativamente ao aborto por opção da mulher, diminuiu 1,9% entre 2014 e 2015, tendo sido efectuadas 15.873 interrupções por decisão da grávida.
Trata-se do número mais baixo desde 2008, primeiro ano completo desde que entrou em vigor a lei que despenalizou o aborto até 10 semanas de gravidez.
No que concerne, a 2015, o relatório mostra que metade das mulheres que abortaram por opção referiram ter um ou dois filhos, sendo que 42,3% ainda não era mãe.
Quanto a interrupções de gravidez anteriores, 70% das mulheres que decidiram abortar no ano passado 2015 nunca tinha realizado qualquer outro aborto, 21% já tinham feito uma intervenção, quase 6% tinha feito duas e 2,5% já tinham realizado três ou mais.
O relatório da DGS refere ainda que mais de sete em cada 10 abortos foram feitos em unidades oficiais do Serviço Nacional de Saúde.