A eurodeputada socialista Liliana Rodrigues recebeu ontem no Parlamento Europeu, em Bruxelas, um grupo de militantes e simpatizantes das várias concelhias do partido na Madeira, entre outros convidados, aos quais procurou explicar as funções exercidas pelas instituições comunitárias e por si, em particular, no âmbito das suas várias missões e incumbências.
Liliana Rodrigues falou das grandes questões que se colocam hoje em dia à União Europeia, abordando também a sua acção parlamentar e política: no total, disse, concretizou 977 acções e/ou intervenções, entre organização de eventos (5), participações políticas (29), menções ou aparições na comunicação social (360), actividade parlamentar (465 acções), missões realizadas (11), reuniões com embaixadores e outras entidades (72), visitas e palestras a instituições de ensino (10) e comunicações em seminários, conferências, fóruns, colóquios ou debates (25).
A eurodeputada madeirense também fez questão de abordar temas que lhe são particularmente caros, como a igualdade de género, a integração das comunidades homossexuais e afins, os direitos das mulheres, a coesão europeia e os desafios que se lhe colocam, como a pretensão de entrada, no seu seio, de países como a Turquia, que não parecem anda dispostos a fazer as necessárias concessões em matéria de direitos humanos e protecção de determinadas etnias.
Liliana Rodrigues discorreu ainda sobre a natureza dos fundos comunitários, que considerou não estarem a ser, nem terem sido no passado, cabalmente aproveitados para o benefício de regiões ultraperiféricas, como é o caso da Madeira. Mesmo assim, considerou que há casos de regiões que precisam ainda de mais urgentes apoios, como a Martinica. A eurodeputada socialista tem já considerável experiência internacional e tem participado em missões naquele território e também na Turquia, onde referiu ter enfrentado situações de muito pouca colaboração e declarações e atitudes contraditórias inclusive em casos dramáticos atribuídos a conflitos armados com grupos rebeldes curdos, mas cujas explicações oficiais deixam muito a desejar.
Ontem, o grupo de convidados beneficiou também de uma explicação de António Vale, funcionário português do Parlamento Europeu, sobre as peculiaridades do ‘modus operandi’ do mesmo, e visitou o hemiciclo. Hoje prossegue o contacto com a realidade das instituições democráticas europeias e belgas, um pequeno país repartido entre tensões entre flamengos, francófonos e alemães, além dos muçulmanos, agora estigmatizados por causa dos recentes atentados terroristas em Paris e construção de células em território belga, que se sente agora sob ameaça e tem sido palco de sucessivas investigações dos serviços policiais e de inteligência.