
Na última década, a Saúde na Madeira não tem encontrado médicos à altura de tratarem da doença. Então, é ver-se uma estafada dança das cadeiras, onde são queimados nomes atrás de nomes, anunciados sempre como a nova solução para a última crise, mas a caírem pouco tempo depois em falta de graça.
De Almada Cardoso a Miguel Ferreira, de Lígia Correia a Maria João Monte, de Francisco Ramos a João Faria Nunes, continua a ser óbvio que o antídoto para a doença que enferma o sistema regional de saúde tarda em ser encontrado.
Os novos “bombeiros” de serviço dão pelo nome de Maria João Monte, para a presidência do SESARAM, e Pedro Ramos que sobe do banco de urgência para outra urgência ainda maior: a direção clínica.
O Estepilha nada entende de medicina mas conhece os protagonistas que têm vindo a debilitar, anos a fio a menina dos olhos desta Região: o tal sistema regional de saúde superior que fazia inveja a todo o país…
Acontece que, mesmo sem saber de nada, o Estepilha considera que a dança das cadeiras na Saúde só será travada com a escolha não de soluções de recurso ou bombeiros domesticáveis mas com profissionais com espírito de missão, acima de clientelas e compadrios e que não se desdobrem entre a medicina pública e a privada, porque são amores incompatíveis. Tudo falta no hospital e sem dinheiro nem massa cinzenta ninguém governa bem uma casa.
O Estepilha também recorda que não é branqueando a informação que se resolvem as trapalhadas na Saúde com reflexos inevitáveis na qualidade do atendimento dos utentes. Pode-se bem escolher os mensageiros do sistema para passar a informação embrulhada em papel cor de rosa. Mas quem está no terreno é que dirá se o sistema é governável ou não. É difícil fazer de conta na saúde…