O FN regista a profusão de bares e restaurantes na cidade do Funchal porque dá sinais aparentes de vitalidade económica e diversão da população e do turismo. Acontece que, ultimamente, parece ser moda ocupar espaços públicos, como são ruas, com esplanadas, sofás, puf’s e o que a modernidade permite, quiçá importada das feiras internacionais ou de outros destinos massificados.
Que dizer ainda da tentação crescente de “criar muralhas”, primeiro com floreiras e depois com plásticos, à volta de esplanadas que estão implantadas no passeio público? Bem recentemente, o FN noticiou o caso de alguns estabelecimentos comerciais na Quinta Vitória, frente ao Casino, onde as floreiras quase que vedam certos cafés, dificultando a circulação dos cidadãos. Tudo se consente.
Para maior espanto e sinal de atenção da população, somos informados de que o emblemático Café Apolo também já alinhou na onda das floreiras e até das coberturas de plástico transparente, talvez para formar abrigos contra o vento e a chuva.
Mais abaixo, na Rua do Murças, pelas 21h30, a calçada é coberta pelos sofás e puf’s do pub da zona, numa réplica dos estabelecimentos de Canárias e de outros, no fito de atrair clientela. Vasos com floreiras engalanam ainda a rua, o que certamente não facilitará a intervenção dos bombeiros, em caso de necessidade.
Devagar, devagarinho, os espaços públicos vão sendo gradualmente ocupados, com ou sem gosto, para desgoto daqueles que prezam a Madeira como um destino de qualidade, seleto e não de massas.