Sófia, cidade de cor dourada

Rui Marote, em Sófia (Bulgária)

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Universidade
Universidade

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Primeiro chegaram os Trácios, há cerca de 2700 anos, seguidos dos romanos do Império Bizantino, dos turcos otomanos e, mais tarde,dos comunistas soviéticos. Hoje, mais de duas décadas depois da queda da Cortina de Ferro e sete depois de entrar para a União Europeia, a capital da Bulgária encontra a sua identidade  e quer o título de capital europeia da Cultura de 2019.

Escultura de Santa Sofia
Escultura de Santa Sofia

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A Bulgária urbana, especialmente Sófia, está muito mudada e adaptada ao mundo actual. Esta cidade é de cor dourada como a antiga cidade de Bizâncio. Entretanto e em contraste, nas proximidades pode-se encontrar-se a raiz do folclore característico deste país rural, com os camponeses trabalhando de sol a sol no campo recolhendo a colheita e elaborando os excelentes queijos desta região.

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Teatro Nacional Ivan Ivazov
Memorial construído pela Rússia
Memorial construído pela Rússia

O Monte Vitosha serve de fundo natural à capital mais alta da Europa. Sófia é hoje um núcleo urbano moderno.

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O parlamento, e o Palácio Real à direita

A cidade apresenta um estilo ecléctico e algo caótico que não a converte na mais fascinante das capitais europeias, mas sim num ameno centro cultural e de ócio.

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Uma das portas do parlamento
A Ponte das Águias
A Ponte das Águias

Trata-se , além disso, de uma base apropriada para visitar o Mosteiro de Rila ou o Parque Nacional Vitosha.

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A imagem mais frequente da cidade é o formidável edifício da Catedral de Sv. Alexander Neveski, no centro da praça do mesmo nome .

Este colossal templo neo-bizantino foi terminado em 1912 e homenageia 200 mil soldados russos que perderam a vida lutando pela independência búlgara  durante a guerra russo-turca (1877-1878). O luxuoso interior alberga extraordinários  frescos com imagens de santos, ostentosos altares  e candelabros de magnífica ourivesaria.

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Estátua do czar Alexandre II

A obscuridade e as velas proporcionam uma atmosfera mística.

Na pequena Praça Narodono Sabranje, frente à catedral , ergue-se o Monumento  aos Libertadores Russos . Para Oeste, chega-se á Basílica Ortodoxa de Sveta Sofia que data dos seculos IV-VI e é a mais antiga da capital.

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Monumento ao soldado desconhecido
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Fontenário de água termal no centro da urbe

Ao lado arde a chama permanente da tumba do soldado desconhecido.

Numa esquina da Avenida Czar Osvoboditel com a rua Rakovshi, está a notável igreja russa de São Nicolás,construída em princípios do século XX por imigrantes russos. Todas as paredes estão cobertas com ícones.

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Guardas do Palácio Real
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Escavações arqueológicas no centro da cidade

Ao longo da avenida Czar Osvobotidel localizam-se alguns museus e edifícios importantes, como o Palácio Real, o Parlamento e a  Universidade. Continuando a nossa visita, uma paragem obrigatória nos jardins de Sveta Sofia,onde se pode apanhar ar puro.

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A rua Sabonia desemboca na central praça Sveta Nedeleya, o verdadeiro centro de Sófia. Destaca-se a catedral erguida em 1863 sobre as ruínas de uma antiga igreja e ricamente ornamentada no seu interior. Junto a ela situa-se o famoso hotel Sheraton ,em cujos jardins está Sv.Georgi, uma pequena igreja do século IV de ladrilho vermelho e adornada com antigos frescos medievais. O café Sv. Georgi é um lugar ideal para fazer uma paragem antes de continuar para norte até a igreja Sveta Petra Samardjiiska do século XVI. Subindo pela avenida Maria Luiza alcança-se a Mesquita Banya Bashi e à esquerda, detrás do centro comercial, a Sinagoga de Sofia. O  gigantesco Palácio Nacional de Cultura conhecido como N.D.K no final da rua Vitosha apresenta um amplo programa de actividades culturais, concertos, teatro e cinema.

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A Basílica ortodoxa de Santa Sofia

O anti-estético edifício foi construído nos anos oitenta para comemorar  os 1300 anos do nascimento da Bulgária.

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Mercado de rua

Por último, não podemos ir embora sem deixar de provar o delicioso gelado do Raffy’s e visitar um original mercado de rua que se realiza todos os dia, junto Sv.Alexander Nevski, em que podemos encontrar objectos antigos e de colecção, desde uma cigarreira com a efígie de Stalin a bonés soviéticos a bom preço.

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A neve cai docemente sobre os transeuntes

Em quatro dias explorámos a cidade. Chamou-nos atenção a cor do pavimento das ruas, calçadas com pedras de âmbar. Este é um um sinal que estamos na parte mais rica de Sófia, onde se encontram os prédios mais bonitos da cidade. Os búlgaros são um povo amigável. Não tivemos problemas em comunicar, mesmo não sabendo uma única palavra do alfabeto cirílico. Percorrendo as praças , encontramos lugares interessantes com a fonte de água termal que brota no centro da cidade .Não resisti e enchi  uma garrafa e levei para o hotel. Dizem os entendidos que a água termal é boa para problemas musculares e melhora o sistema imunológico. Vale a pena testar ,é de graça!

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Fontes de água mineral

O Halite, mercado central e que abre diariamente à meia noite, tem lá dentro uma infinidade de bancas vendendo frutas, verduras, massas, doces caseiros, azeitonas, queijos, iogurte, diferentes tipos de salame, linguiças, carne seca, tudo limpo e organizado. Resultado: é uma mistura de sabores, temperos e receitas que deixam água na boca, todas tipicas da Bulgária e regadas a muito vinho local.

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Sinagoga: é uma das maiores da Europa e está a cem metros de uma mesquita
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Interior da sinagoga
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Em Sófia a história é viva e está presente a cada esquina. A vida é melhor quando a vivemos espontaneamente.

A Rosa é o símbolo da Bulgária

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Sabíamos que a rosa é o símbolo desta nação europeia. São muitos os produtos comercializados e que só existem na Bulgária, como doce de rosa, perfumes de rosa, cremes de rosa, óleo de rosa, shampoo de rosa, sabonetes de rosa, pó-de-talco de rosa, batons de rosa, etc.

Mas hoje compreendemos verdadeiramente o poder do símbolo deste país. No metropolitano, captámos um engraçado momento protagonizado por uma jovem que entretanto chegou e desembarcou da carruagem de metro.

A jovem foi recebida pela amiga com a entrega deste símbolo, um gesto que registámos através da nossa objectiva.

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As pessoas estão habituadas às baixas temperaturas. Nem os idosos ficam em casa…
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Nem os pedintes se procuram refugiar… contrastes nas ruas de Sófia.