179 actuações para celebrar o Natal e o Fim-de-Ano, anuncia Eduardo de Jesus

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Foto: Rui Marote

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, escolheu hoje a Fortaleza de São Tiago, na Zona Velha do Funchal, como palco para a apresentação do programa das festividades de Natal e Fim-de-Ano.

Identidade, Cultura, Tradição e Partilha foram palavras escolhidas pelo governante para dar o mote às actividades destinadas a promover a Madeira junto de visitantes e, naturalmente, dos próprios residentes, nestas festas que assinalarão o Natal e encerrarão 2014.

A nova perspectiva turística, frisou, baseia-se na experiência de uma interacção entre visitantes e habitantes locais. Esse sentimento de partilha deve orientar esta oferta da ilha aos que a visitam.

Eduardo Jesus acentuou que é nesta época que se reúnem “os conteúdos mais fortes que a Madeira tem para oferecer”.

Por isso mesmo, procurou-se que este ano os mesmos fossem “mais ricos e diversificados”. Daí “haver mais animação do que no ano anterior”.

Um aspecto salientado foi a utilização da Praça do Povo, na frente de mar do Funchal, como uma nova centralidade nestas comemorações.

Acentuar os aspectos natalícios foi a intenção do Governo, segundo disse, algo para que também concorrem as iluminações de Natal, que deverão estar concluídas no dia 8 de Dezembro.

“É um formato assente na cor, que pretende trazer ao Funchal uma diversidade de cor que no ano passado não foi uma realidade”, declarou o orador, falando numa conferência de imprensa, perante os jornalistas.

O programa das comemorações de Natal e Fim-de-Ano inicia-se, justamente, a 8 de Dezembro, com a entrada em funcionamento das iluminações de Natal. “É nesse dia que se acendem as luzes”. O programa decorre até ao cantar dos Reis, a 6 de Janeiro.

Durante este período, registar-se-ão 151 actuações, 13 espectáculos variados, nove actuações de grupos de cantares tradicionais de Natal, quatro espectáculos protagonizados pela Orquestra Clássica da Madeira, um encontro de tunas e ainda um espectáculo do cantar os Reis.

No total, adiantou Eduardo de Jesus, são 179 actuações que se associam, também de uma forma cultural, a estas festas.

Além disto, o programa inclui exposições promovidas pelos museus da Madeira: por exemplo, na Casa Museu Frederico de Freitas haverá uma exposição intitulada ‘O Natal na Casa da Calçada’. Já no Museu Etnográfico da Madeira é o artesanato urbano moderno, através dos presépios madeirenses, que estará em foco. No Espaço Infoart, da SRETC, estará patente uma exposição alusiva às celebrações do fim-de-ano na Madeira, narrando a sua origem e história, e que vai buscar informação a um livro da autoria de José Luís Ferreira de Sousa.

Relativamente à animação natalícia no centro da cidade, desde o presépio na placa central da Avenida Arriaga ao mercadinho de Natal e a aldeia etnográfica no Largo da Restauração, a oferta é diversificada. Iniciativas natalinas viradas para as crianças decorrerão no Jardim Municipal, enquanto que o auditório do Jardim acolherá também apresentações

Este ano, o Governo resolveu retomar uma iniciativa que foi tentada há três anos, mas que então falhou um bocado por causa de comunicações deficientes: um concerto de apitos de navios de cruzeiro, concertado entre as diversas embarcações e conduzido pelo músico e compositor madeirense Francisco Loreto, professor no Conservatório.

O concerto deverá realizar-se às 23 horas de 31 de Dezembro, antecipando-se ao espectáculo de fogo-de-artifício.

Eduardo de Jesus considerou que este concerto exigirá “um trabalho excepcional do ponto de vista técnico”, e garantiu que é mais um elemento diferenciador do destino Madeira em relação a outros locais. Tomar-se-ão cuidados para que tudo corra como programado, evitando erros anteriores, assegurou.

No Jardim Municipal haverá uma árvore de Natal com 5 metros de altura, que será enfeitada pelas crianças do infantário João de Deus; outra árvore, um pinheiro com 30 metros de altura, deverá ser instalada na Praça do Povo.

Pretende-se, por outro lado, que a Praça do Povo sirva para acolher a população num local divertido e animado, além de privilegiado para ver o fogo de artifício. A Orquestra Ligeira da Madeira tocará ali na última noite do ano.

Na preparação destas actividades de fim-de-ano estão envolvidas 2560 pessoas. As mesmas terão um custo de 3 milhões e cem mil euros, repartidos fundamentalmente por dois milhões nas iluminações, 800 mil euros associados ao fogo de artifício e o restante “em projectos e outros serviços”.

De acordo com o secretário regional, as previsões de ocupação hoteleira para o Natal cifram-se em 62 por cento, e 88 por cento no final do ano.

“Isto significa, em ambos os casos, um acréscimo de seis pontos percentuais”, garantiu.

O espectáculo pirotécnico da passagem do ano tem como tema ‘Emoções de Luz’, e será executado pela empresa Macedo’s Pirotecnia. Durará 8 minutos, durante os quais serão realizados 120 mil disparos, a partir de 37 postos de lançamento, mais dois do que no ano passado.

Este ano aumenta-se a incidência de fogo no anfiteatro do Funchal, num regresso ao passado: no mar estarão três postos de lançamento.

“A diferença substancial é este reforçar os postos de fogo ao longo do anfiteatro, procurando recuperar a beleza que esta orografia permite”, disse o governante.

Assim se retiram postos de fogo situados junto à Praça do Povo, para permitir que as pessoas se possam deslocar ali para assistir ao fogo. E assim se retira também um problema relativo à concentração de fogo na baía do Funchal: contribui-se para eliminar a cortina de fumo que ali se produzia, impedindo as pessoas que estavam nos barcos de verem o fogo que continuava em terra, e impedindo as pessoas que estavam em terra de ver claramente o fogo no mar. Era como uma barreira de fumo que não beneficiava ninguém.

“Julgamos nós que, com a recuperação do que era o fogo original (…) a qualidade do fogo será bastante melhorada”, reforçou Eduardo de Jesus.

Sobre a estranheza que têm causado na população algumas iluminações de Natal, principalmente aquelas que estão a ser colocadas nas ribeiras este ano, Eduardo Jesus disse que “toda a gente tem a sua opinião, e é preciso respeitá-la… Neste momento, as iluminações estão a ser montadas, e as pessoas ainda não viram o seu efeito final. Vamos aguardar um pouco mais, e não antecipar aquilo que ainda nem é possível imaginar… Há afinações que estamos a fazer”.