A cidade continua a estar por conta dos partidos políticos em termos de propaganda visual. Os cartazes das diversas candidaturas às Eleições Legislativas nacionais de 4 outubro ocupam os pontos centrais da cidade, como tem sido habitual em vésperas de eleições.
A mensagem dominante repete-se: os partidos convidam a população a confiar-lhes o voto na certeza de um futuro mais risonho. O perfil dos candidatos, nomeadamente do cabeça de lista, ocupa a mancha gráfica desta propaganda, com alguma falta de criatividade.
Além dos retratos se repetirem e ocuparem a centralidade da imagem, é também notório um excesso de palavreado, contrariando de certa forma aquele lema de que “uma imagem vale mais do que mil palavras.
Num tempo dominado pelas maravilhas das novas tecnologias e da imagem, as forças partidárias poderiam inovar nos cartazes que povoam a cidade e não apenas ficar-se pelo replicar dos cartazes do costume. Bem se sabe que a redução do jackpot aos partidos reduziu-lhes as verbas e a folga não é grande. Mas, por vezes, inovar custará menos do que replicar mais do mesmo.Também é verdade que, por vezes, a inovação pode ser um risco e não ser compreendida pelo eleitor. Mas as agências de comunicação têm a escola toda neste domínio. Mais do que isso, os políticos que estão diariamente no terreno sabem bem o que a população gosta.