Anabela Rodrigues parca em esclarecimentos aos jornalistas

PSP 062Anabela Rodrigues, a ministra da Administração Interna, foi confrontada com diversas questões por parte dos jornalistas,aquando da cerimónia de aniversário do Comando Regional da PSP, hoje. Mas, embora a ministra tenha respondido cordialmente a todas as perguntas, mostrou um perfeito domínio da verdadeira linguagem da política. Ou seja, respondeu ser dizer nada.

Sobre a questão do protocolo existente no anterior Governo Regional, quando existia um protocolo que previa que o montante proveniente das multas que eram cobradas cá, ficava na Madeira, para investir nas necessidades do Comando Regional, a ministra não referiu se o mesmo está ou não a funcionar presentemente: “Relativamente a essa, como a outras questões, acabou de tomar posse a nova comandante, e naturalmente a sra. comandante vai analisar todas as situações, e em função da análise que fizer, apresentará. concerteza, as suas sugestões à direcção nacional da PSP, e os problemas encaminhar-se-ão para a resolução necessária”.

Já questionada sobre as vagas de refugiados que chegam à Europa, quantos poderá Portugal acolher e como isso se processará e a partir de quando, Anabela Rodrigues disse que, “relativamente a essa questão, não há um número fixado de refugiados”.

“Estamos a trabalhar a nível nacional e a trabalhar com os restantes estados membros da União Europeia, para encontrar as melhores soluções. Todos os estados devem fazer mais e melhor para responder a esta grave crise humanitária. Portugal honrará a sua tradição de solidariedade (…)”, acrescentou,

Já tendo-lhe sido colocada uma pergunta sobre o estatuto da GNR, e do porquê do mesmo não ter sido aprovado, ao contrário do estatuto da PSP, Anabela Rodrigues disse que “quanto a isso já foram dadas abundantes explicações”.

Finalmente, confrontada com a disputa de competências que se verifica actualmente na Madeira, entre a PSP e a GNR em diversas áreas de intervenção, entre as quais a prevenção rodoviária e a busca de pessoas desaparecidas, a interpelada voltou a remeter para a nova comandante da PSP, superintendente Madalena Amaral, a responsabilidade de “proceder ao levantamento de todas as situações” e de dá-las a conhecer à direcção nacional.

Falando sobre o subsídio de risco que as associações sindicais de polícia reclamam, na sequência de várias situações trágicas que se têm verificado com agentes da autoridade no cumprimento das suas missões, a governante limitou-se a dizer que elas “estão a merecer a devida atenção da direcção nacional e do comando-geral”.