O JPP promoveu hoje uma ação política em Machico, com a presença de deputados da Assembleia Legislativa da Madeira e dos candidatos às Eleições Legislativas de 4 de outubro.

Em declarações à comunicação social, Nelson Veríssimo, destacou problemas relacionados com a água para abastecimento público e regadio, área que actualmente suscita o interesse de investidores privados, a nível nacional, mas que o JPP entende dever ser acautelada como bem comum.

Como a distribuição de água potável em Machico está a cargo da ARM – Águas e Resíduos da Madeira as perdas por ineficiência, são superiores a 80%, ou seja, mais do dobro da média nacional. Para além do desperdício de um bem que não é inesgotável, desta situação decorrem custos avultados e prejuízos para os consumidores, tudo pela falta de investimento por parte da ARM, no melhoramento da rede de distribuição de água potável.

O cabeça-de-lista do JPP, para as eleições para a Assembleia da República, apontou ainda a falta de água para rega, lembrando que o sistema elevatório para reaproveitamento do efluente da ETAR de Machico nunca funcionou, apesar de inaugurado em 2008 e ter custado 700 000 euros. Nelson Veríssimo afirmou que “na altura da sua inauguração, o Governo Regional garantiu que aquela infraestrutura iria beneficiar 401 utilizadores do concelho de Machico, com efeito mais direto no regadio do Caniçal. Mas até hoje isso não aconteceu. Constitui, portanto, mais um mau exemplo da utilização dos dinheiros públicos. No entanto, o reaproveitamento das águas residuais é um bom princípio, que deve ser implementado na RAM. Pena é que aquele sistema nunca tivesse trabalhado”. Referiu-se ainda à ETAR de Machico, considerando que nunca foi explorada na plenitude, limitando-se ao tratamento preliminar. Desta circunstância anómala, resulta poluição do mar, com prejuízos para o ecossistema e a saúde pública, pois o efluente final não teve o tratamento devido, concluiu o candidato do JPP.