Acessível, mas exigente em termos de atenção e de interpretação. Esta foi a opinião dos docentes, esta manhã, à saída da Prova Final de 6º ano de Matemática. Da parte dos estudantes, as reservas de sempre em relação àquele que é o “Calcanhar de Aquiles” de muitos alunos portugueses. As opiniões dividiram-se, havendo quem preferisse o encolher de ombros e optasse pela reserva. “Logo se verá”.

No geral, entre os docentes, a convicção de que o exame havia sido equilibrado e acessível, sobretudo o primeiro caderno onde era autorizado o uso de calculadora, testando os alunos em conteúdos amplamente trabalhados nas aulas e apresentando tipologias de exercícios recorrentes em anos anteriores.

A preocupação continua a ser a imaturidade dos alunos e a ansiedade na hora de resolver o enunciado, factores que condicionam o desempenho até dos melhores. “Um bom aluno que tenha feito esta prova descontraído consegue chegar ao nível cinco. O problema são os nervos”, opinava esta manhã uma das professoras, após análise aos dois cadernos da prova.

Mesmo assim, algumas das questões levariam algum tempo e discussão entre os docentes de Matemática, nomeadamente devido à sua redação. Uma vez mais, os professores temem que os problemas ao nível da interpretação da língua portuguesa possam vir a condicionar a prestação dos alunos, a par do raciocínio lógico-matemático. “Não sei se a maioria dos alunos conseguiu perceber o que está em causa em alguns dos exercícios”, comentava outra docente coadjuvante.

Na prática, este foi o cenário que se repetiu um pouco pelas 54 escolas da Região. Esta manhã, os estabelecimentos de ensino com 2º Ciclo aplicaram as Provas Finais Nacionais de Matemática, para os estudantes do 6.º ano de escolaridade, num total de 2.882 alunos. Segundo dados da Secretaria Regional da Educação, 1 por cento do total de inscritos faltou.

Foram também aplicadas 136 provas de nível de escola, destinadas a alunos com necessidades educativas especiais, não se registando aqui qualquer ausência.

A prova de Matemática de 6º ano foi a quarta realizada nesta primeira semana do Calendário Nacional de Exames, tendo sido utilizadas 302 salas e 604 professores vigilantes.

Dos 3018 estudantes que, no total, realizaram a prova, 455 utilizaram a tolerância de 30 minutos, o correspondente a 17,4% do total.

Ainda no Ensino Básico, os próximos a realizar exame serão os alunos de 9º ano: a 15 (Português) e a 19 de junho (Matemática).