(Clique na imagem para consultar o álbum sobre o concelho de Câmara de Lobos)
Longe vão os tempos em que Câmara de Lobos figurava na história da Madeira como um cartaz turístico pouco recomendável pelas cenas reais de pobreza e de subdesenvolvimento. O concelho deu um salto qualitativo nos últimos anos, o que também não significa que se tenha erradicado num ápice toda a pobreza e outros problemas sociais bem conhecidos.
Câmara de Lobos convida sempre a um passeio. Os jovens buscam neste recanto a oeste da Ilha a afamada poncha ou a niquita, acompanhada dos amendoins e dos tremoços. Os turistas apreciam também estes aperitivos mas deliciam-se mais em apreciar as vistas do espetacular miradouro do Cabo Girão ou ainda passear pelas pitorescas freguesias do Estreito e do Jardim da Serra.
Mas há um dado que nem sempre é muito divulgado e que joga a favor do concelho: as famosas latadas com vinha que alimentam a grande produção vinícola regional. O vinho do Estreito é bom e recomenda-se sempre. As vias rápidas rasgaram grande parte dos terrenos agrícolas e ligam-nos rapidamente e facilmente a todo o lado. Menos produção vinícola e de banana. Mas ainda há muito por vindimar e as festas do vinho no Estreito de Câmara de Lobos costumam ser bem animadas e participadas.
Criado em 1835, o concelho tem sofrido uma evolução do ponto de vista administrativo. De vila é promovido a cidade em agosto de 1996 e as obras da sociedade de desenvolvimento da ponta oeste também têm melhorado e muito os acessos ao concelho e as áreas balneares.
Típicas são as festas do peixe espada preto, da castanha, no Curral das Freiras, outro recanto encantador e emblemático da história do concelho, e diversas são as atividades que decorrem no centro cultural local. A propósito de cultura, há que salientar o bem conseguido Museu da Imprensa que muito orgulha as populações locais.
Antigamente, toda a gente dizia que Câmara de Lobos era a zona da Madeira onde as mulheres tinham maior número de filhos. Os tempos vão mudando mas é efetivamente o local com grande população jovem, somando um total inferior a 40 mil habitantes.
Que dizer ainda da tradição pescatória deste povo? Muitas embarcações extinguiram-se com os famosos processos de abate, mas jovens e mais velhos labutam ainda e muito na pesca, fonte de sustento de grande número de famílias.
Há que conhecer a nossa terra para depois fazer o cotejo com outras estrangeiras. Talvez seja bom por dar um saltinho ali, mesmo ao lado do Funchal, e descobrir os encantos de Câmara de Lobos.
