JPP não poupa Rafaela Fernandes por causa do caso das Ginjas

O vice-presidente do grupo parlamentar do JPP, Rafael Nunes, criticou hoje na sua página pessoal de Facebook a secretária regional com a tutela do Ambiente, Rafaela Fernandes. Diz Nunes que “caindo de “páraquedas” na tutela ambiental, depois de passagens conturbadas na Saúde”, a governante “entende opinar sobre algo que, aparentemente, desconhece o passado e, notoriamente, o seu impacto no futuro, optando por não abandonar o léxico que (eventualmente) trouxe do SESARAM e das suas intermináveis listas de espera “cirúrgicas”.

“Da parte do JPP, podemos avançar que presenciamos a autoapelidada “intervenção cirúrgica” efectuada com as “cirúrgicas maquinarias pesadas” que destruíram uma parte substancial de plantas nativas, soterrando-as “cirurgicamente”, depois de ter sido “enterrado cirurgicamente” o dinheiro dos madeirenses naquelas que se entendiam ser “cirúrgicas reflorestações”, refere Rafael Nunes sobre a tão polémica intervenção na Estrada das Ginjas.

“Não tendo sido convidado (“nem tinha de ser”), o JPP optou por presenciar os devaneios de uma governação que optou por um notório alargamento de via (apesar de este estar actualmente “travado” pelo Tribunal) e por uma desmatação de plantas sem discriminação entre invasoras e reflorestações nativas, usando um falso argumento de combate aos incêndios, quando na verdade, este tipo de alargamento, que DESTRUIU, ARRANCOU E DESPEDAÇOU plantas INDÍGENAS (algumas ENDÉMICAS), só vem aumentar o risco de incêndio na área”, assevera.

“Quem o disse não foram os “serviços do Facebook” que tanto irritaram a Sra. Secretária do Ambiente, foi a UNESCO, no seu relatório desenvolvido pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), a maior, a mais antiga e a mais conceituada organização ambiental do mundo. Pelo que recomendamos à governante a devida consulta, o devido aprofundamento técnico-científico e eventual pesquisa para evitar novas gafes e eventuais disparates tecnicamente deploráveis… E antes que esta governante e os seus “especialistas da floresta” decidam arrancar toda a floresta Laurissilva para desta forma garantir que se acabam de vez com os incêndios florestais!!!”, indigna-se o responsável do JPP.

“Porque é tempo de alguns “governantes” começarem a aprender que, para atingirmos os nossos objetivos ambientais de sustentabilidade, não basta fazer propaganda verde enganosa… temos de valorizar os nossos recursos naturais ao invés de esbanjar MILHÕES na sua destruição”, conclui.