Madeira e Canárias reúnem-se para falar de ecologia e sustentabilidade

A secretária regional de Agricultura e Ambiente, Rafaela Fernandes, acompanhada pelos representantes dos departamentos da sua tutela, o director regional de Ambiente e Acção Climática, Ara Oliveira e o Conselho Directivo do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, Manuel Filipe e Paulo Oliveira, reuniram-se esta manhã com o vice-conselheiro da Presidência de Canárias, Octavio Caraballo, e com a vice-conselheira da Transição Ecológica e Luta contra as Alterações Climáticas, Julieta Schallenberg.

A reunião surge num momento importante, diz comunicado governamental, tendo em conta que antecede a 43.ª Assembleia Geral da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas, que decorre entre os dias de hoje e amanhã nos Açores.

“Este encontro ainda se reveste de especial relevância uma vez que brevemente haverá eleições europeias e tem início um quadro importante de apoio comunitário no contexto da transição ecológica”, refere uma nota.

Em cima da mesa estiveram temas comuns aos dois arquipélagos e foram identificados projectos e possíveis parcerias no domínio da sustentabilidade, da Agenda 2030 e da Transição Ecológica.

Foram apresentadas, entre outras, oportunidades na mitigação e na monitorização de fenómenos potenciados pelas alterações climáticas, nomeadamente a presença massiva de sargaço e de microalgas nos últimos anos em todos os arquipélagos da macaronésia, nos diferentes métodos e técnicas experimentados na proteção costeira e na gestão florestal, mas também na transição energética, nos mercados e práticas agrícolas, no desperdício alimentar e na economia circular.

O Interreg MAC, foi outro dos assuntos abordados como sendo um dos instrumentos financeiros privilegiados para o apoio à concretização das estratégias nos domínios da agricultura, conservação da natureza e ambiente, com a vantagem de fomentar a cooperação e troca de experiências, em áreas como o fomento da energia renovável e eficiência energética, risco de catástrofes e resiliência dos ecossistemas, economia circular e protecção e conservação da natureza.

Os trabalhos decorreram num ambiente promotor de sinergia e cooperação, aliás, como tem sido apanágio nas profícuas relações com este arquipélago macaronésico vizinho, ficando o ensejo de ser retomada a constituição do Centro de Cooperação da Macaronésia, conclui a nota enviada à nossa Redacção.