Coelho não dá tréguas nem a Paulo Barreto nem a Maria João Marques

Foto D.R.
Foto D.R.

José Manuel Coelho não quer que o presidente do Tribunal da Comarca do Funchal, Paulo Barreto, deixe cair no esquecimento o caso das penhoras judiciais executadas por Maria João Marques, agente de execução judicial, que continua em parte incerta. para hoje, frente ao Tribunal da Comarca do Funchal, está marcada mais uma ação política do Partido Trabalhista para voltar a denunciar o caso.

O líder do Partido Trabalhista Português diz já ter reunido com o juiz-presidente sobre o assunto, mas que foi “muito mal recebido pelo Dr. Paulo Barreto, até aos berros”, e faz questão de salientar que pretende “levar o caso até às últimas consequências”.

Tudo começou quando José Manuel Coelho denunciou o facto de Maria João Marques, agente de execução judicial, a trabalhar por conta própria, e com a maioria dos processos do tribunal, executou mais de 600 penhoras sem que entregasse as respetivas quantias a quem de direito. Entretanto, a própria moveu um processo judicial a Coelho,  e a um órgão de imprensa escrita, por difamação do seu nome. Entretanto, a juíza Micaela Sousa condenou Coelho a pagar 112 mil euros, tendo contabilizado os dias em que o vídeo de denúncia da agente de execução judicial foi passado no youtube.

Neste momento, estando a referida profissional em parte incerta, sem que o próprio tribunal saiba do seu paradeiro- um assunto que embaraça o próprio tribunal, como confessou publicamente o juíz Barreto numa entrevista ao DN Funchal -, Coelho considera que essa agente e a justiça não tem moral para executar-lhe a penhora de 112 mil euros, tanto mais que Maria João Marques já pediu a suspensão de membro a Câmara de Solicitadores.

Paulo Barreto terá dito a Coelho que, se discordasse da decisão da penhora, que recorresse para o Tribunal da Relação. O líder trabalhista questiona: “Mas quem é esta gente que diz julgar em nome do povo? Por acaso foram eleitos pelo povo? Por acaso, o Conselho Superior de Magistratura foi eleito pelo povo?”