Rui Marote

Os processos na Marina do Funchal parecem inquinados de um verdadeiro mau olhado. O FN soube que há vários dias permanece na gaveta da presidente da APRAM o parecer dos portos quanto ao concurso da área de restauração para o arrendamento dos espaços. As datas, como é habitual voltam a não ser cumpridas.

Recordamos que o concurso internacional para concessão da Exploração da Marina do Funchal foi lançado em Julho de 2025 abrangendo uma área total de 60 mil metros quadrados, sendo 14,7 de área terrestre  e os restantes 41,4 mil m2 de área marítima. Só em Novembro de 2025 foi entregue a chave ao vencedor  Marina da Baía do Funchal SA.

O Caderno de Encargos é exigente em datas para tudo. A concessionária de imediato subalugou a zona comercial ao Café do Teatro por preço altíssimo.  A mesma é constituída por 32 espaços, quatro destinados à restauração, três para actividades de cafetaria e bebidas, nove para comércio em geral incluindo  mercearia, 10 para venda de serviços de actividades de animação turística e seis para arrecadações.

O Funchal Notícias foi informado que a empresa Café do Teatro  não explora qualquer espaço e irá só encarregar-se da gestão dos espaços. No cumprimento das datas, o concurso para concorrer aos espaços deveria ser lançado a 21 de de Dezembro.

Acontece  que o concessionário, conforme está no caderno de encargos, é obrigado a  submeter à APRAM a aprovação  desse concurso. Ora, a APRAM até a presente data fechou-se em  “copas” não existindo fumo branco para avançar.

Como estamos em festas os serviços administrativos  dos portos fecharam na gaveta a decisão a sete trancas e o impasse mantêm-se.

Ainda não foi desta. A obra da Marina continua a enfermar de um verdadeiro “mau olhado” que nem com alecrim consegue-se afastar, para não falar dos probemas previsíveis que aí vêm por defeitos de construção.