Protecção Civil faz balanço da depressão “Emília”

O Serviço Regional de Protecção Civil  veio dizer que, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os efeitos da depressão “Emília” no período compreendido entre 12 e 14 de Dezembro de 2025 foram os seguintes:

Vento – A rajada máxima registada foi de 147 km/h na estação do Chão do Areeiro no dia 12 de Dezembro. Nas estações de Sta. Catarina/Aeroporto, Caniçal, Pico Alto, Ponta de São Jorge, Prazeres, Selvagem Grande e Porto Santo registaram-se valores de rajada superiores a 100 km/h.

No dia 14 de Dezembro a rajada máxima registada na rede de estações do IPMA foi de 81 km/h em Sta. Catarina/Aeroporto, 80 km/h no Pico Alto e de 79 km/h no Caniçal. No Funchal/Observatório registou-se rajada máxima superior a 70 km/h.

Precipitação – No dia 13 de Dezembro a precipitação acumulada em 24 horas na estação do Chão do Areeiro foi de 91 mm, sendo o valor máximo diário acumulado no período considerado.

Temperatura – Registaram-se temperaturas mínimas abaixo de 0ºC na estação do Pico do Areeiro, sendo no dia 12 de Dezembro de -0.6 º C e no dia 13 dezembro de -0.8 º C, com ocorrência de queda de neve.

Actividade operacional:

Entre as 08:00 horas do dia 12 de Dezembro e as 13:00 horas do dia 14 de Dezembro, o Serviço Regional de Protecção Civil, IP-RAM registou, no seu Comando Regional de Operações de Socorro (CROS) um total de 353 ocorrências que exigiram a intervenção de 767 operacionais e 367 meios terrestres dos Corpos de Bombeiros, Serviços Municipais de Protecção Civil e demais unidades orgânicas e estruturas operacionais dos Municípios, das Juntas de Freguesia, do Corpo de Policia Florestal, da Policia Marítima e Policia de Segurança Pública, da Autoridade Marítima e do SANAS, das Brigadas Helitransportadas do SRPC, IP-RAM e Unidade de Emergência e Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana e ainda das equipas da Direção Regional de Estradas e concessionárias das vias (VIAEXPRESSO e VIALITORAL), bem como Altice/MEO, NOS e
Empresa de Electricidade da Madeira, que procedem a acções de reposição da normalidade das redes afectadas.

Foi realojada 1 (uma) pessoa pelo Município de Santa Cruz, face aos danos provocados na habitação. Não foram registadas outras vítimas resultantes das ocorrências reportadas.
Todos os condicionamentos preventivos e/ou na sequência de ocorrências, oportunamente executados em articulação com a Autoridade Marítima Nacional, Administração dos Portos (APRAM), Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), Direcção Regional de Estradas e todos os Municípios da RAM, em vias e zonas previamente sinalizadas e historicamente vulneráveis aos fenómenos em presença serão gradualmente reabertos em função da avaliação local, caso a caso, sendo actualizada a informação pública através dos canais habituais.

Todas as ocorrências foram resolvidas no patamar municipal, com um extraordinário desempenho dos Serviços Municipais e Agentes de Protecção Civil da Região Autónoma da Madeira que anteciparam medidas preventivas e de resposta, na sequência da elevação do Estado de Prontidão Especial, determinado pelo Centro de Coordenação Operacional Regional (CCOR), que reuniu extraordinariamente no dia 11 de Dezembro, pelas 11:00 horas no CROS. O reforço da prevenção e preparação, com base na avaliação do risco e que justificou a emissão dos respetivos avisos à população, nos diferentes níveis de actuação,
contribuiu para a mitigação dos efeitos expectáveis, com destaque para a salvaguarda das pessoas, considera o SRPC.

 

Recordamos que, apesar do desagravamento das condições meteorológicas, decorrem ainda algumas operações de reposição da normalidade pelo que deve manter-se especial cuidado e adoptar comportamentos adequados em particular em zonas que tenham ficado mais vulneráveis pela sua exposição aos fenómenos dos últimos dias, nomeadamente junto a arvores ou edifícios degradados ou vertentes instáveis.

AGRADECIMENTO À POPULAÇÃO

O Serviço Regional de Protecção Civil, IP-RAM agradece a imprescindível colaboração dos cidadãos na implementação das medidas preventivas e de autoproteção e no cumprimento das orientações das autoridades e demais Agentes de Proteção Civil, acções fundamentais para a redução do impacto dos fenómenos meteorológicos.

Para este objectivo foi igualmente fundamental o trabalho dos Órgãos de Comunicação Social que prontamente amplificaram os avisos e as recomendações garantindo a sensibilização e informação adequada das populações.
O Comando Regional de Operações de Socorro está em permanente articulação com os Serviços Municipais e Agentes de Protecção Civil e continuará a monitorizar a situação e a antecipar eventuais medidas de mitigação de risco.

 


Descubra mais sobre Funchal Notícias

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.