ANAC admite rever limites do Aeroporto da Madeira com dados científicos

A presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou ontem, perante os deputados madeirenses, que “a ANAC tem toda a disponibilidade para rever os limites do aeroporto da Madeira, mediante a existência de dados científicos”. As declarações foram proferidas na audição parlamentar, realizada por videoconferência na Comissão Especializada de Economia, Finanças e Turismo da ALRAM, refere uma nota.

“Não queremos criar qualquer expectativa, porque temos verificado um agravamento das condições climatéricas. Aguardamos por esses dados para tomar uma decisão”, vincou Tânia Cardoso Simões.

A presidente da ANAC adiantou que o processo pode demorar mais dois anos. “A ANAC vai tomar uma decisão com base na análise de risco e com base nos dados recolhidos. Não é, de todo nem de perto, que seja no sentido do desagravamento”, frisou, ainda.

Tânia Cardoso Simões deixou bem claro que os equipamentos serão testados até 30 de Setembro de 2025, altura em que termina o processo de avaliação, por isso disse ser “muito difícil haver uma decisão cientificamente abalizada sobre os limites” nesse ano.

Explicou também que o “relatório prevê um acompanhamento de dois anos”, pelo que não pode dar certezas sobre o prazo para a decisão final. “Se é em 2026, espero que sim. Agora garantir em absoluto isso não o posso fazer”, concluiu.

O presidente da Comissão Especializada de Economia, Finanças e Turismo defendeu “uma decisão com base em informação técnica”, realçando que “a análise deve ser feita utilizando a ciência e os meios técnicos do século XXI, e não aquela que foi feita há 60 anos”.

“Não suplicamos por qualquer tipo de decisão. Não queremos é que a mesma se adie por muito mais tempo”, alertou.

“Que seja uma decisão baseada em dados científicos e que seja explicada minuciosamente, com argumentos inabaláveis e inatacáveis”, concluiu Carlos Rodrigues.