As obras de requalificação na Marina do Funchal, que devem arrancar em julho, são muito esperadas por quem trabalha naquela zona da cidade. Há muito que se fala nos trabalhos de renovação desta zona importante da cidade. No terreno, ainda nada. Hoje, pela manhã, o Funchal Notícias esteve no local e conversou com duas mulheres que ali exercem atividade profissional: Merícia Sousa, que trabalha no estabelecimento “Santa Maria de Colombo”, e A.M, que preferiu não se expor, explicando que não costuma dar entrevistas porque “o patrão não gosta muito”.

O cenário da Marina do Funchal, pelas 9 horas da manhã, contrasta com a realidade dos espaços comerciais e das ruas envolventes da cidade. São muitos os grupos de turistas que circulam pela baixa do Funchal, mas poucos os que visitam a Marina. As nossas primeiras impressões, momentos antes de descermos até à Marina, são, prontamente, confirmadas quando iniciamos a conversa com Merícia Sousa. Diz-nos que, “neste momento, o movimento [turístico] é bem pouco”. Também A.M. partilha da mesma opinião e afirma que “isto é quase todo o dia assim, o movimento é só na hora do embarque e depois isto fica assim”, referindo-se ao facto de não estar praticamente ninguém na Marina. Refere ainda que “há alguns espaços que abrem um pouco mais tarde” e conta-nos que o encerramento do restaurante “Mar Azul” deixou a Marina do Funchal ainda mais “deserta”. Isto porque, “aquilo quando estava aberto atraía mais turistas”.

“Neste momento não é nada atrativa, nada mesmo. Penso que se o espaço ficar bonito e os negócios forem interessantes, será bom para todos”, afirma a colaboradora da loja “Santa Maria de Colombo”. Merícia Sousa considera que “A Marina do Funchal precisa de obras urgentemente”, uma vez que “está bastante degradada e não há condições”. Espera que “resulte num espaço agradável para todos, tanto para os comerciantes como para clientes”.

A Marina do Funchal, diz-nos A.M., “não é apelativa nem chamativa, é uma coisa muito escura e é preciso fazer qualquer coisa, aqui em baixo, para que os turistas que passam, desçam”.

O FN deixou a Marina do Funchal envolta no seu silêncio e dominada por uma diversidade de lacunas, há muito tempo faladas para resolver mas sempre à espera do pontapé de saída para uma nova imagem e dinamismo. Entretanto, os iates vão compondo o espaço, sendo certo que o bulício turístico da cidade passa mais ao lado da Marina, outrora mais pujante que hoje. Todos esperam pelas obras. Será julho, efetivamente, uma nova página a escrever na história da Marina, com o arranque das obras e, consequentemente, do novo rosto de uma área emblemática da cidade?