O secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, esteve hoje num exercício de ciberdefesa do Exército Português, “CiberPerseu 21”, que decorreu, esta tarde, nas instalações da Direcção Regional de Informática. Ali foi ensaiado um cenário de ameaça e de ataques cibernético a vários serviços da Administração Pública Regional e ao Serviço Regional de Saúde.

Num comentário ao exercício, Rogério Gouveia mencionou “o sequestro de ficheiros críticos do Governo Regional, contendo dados pessoais (…)”, sendo “exigido um resgate para que essa informação fosse novamente restituída”.

“A opção foi não se efectuar o pagamento do resgate e recorrer a “backups” que são feitos periodicamente”, procurando prever “este tipo de ocorrências”.

Fez-se também uma simulação de ameaça ao Serviço Regional de Saúde, consistindo “num sequestro dum sistema informático que fazia o tratamento e recepção dos doentes no Serviço de Urgência”. Sendo este também um serviço “particularmente sensível e crítico”, optou-se por “reactivar o serviço de redundância de processamento dos doentes, tentar bloquear as redes no sentido de conter a ameaça”, e depois dar reinício ao sistema, uma vez isolada a ameaça, avaliando-se se existia a necessidade de serem, ou não, tomadas outras medidas.

“O mais importante a reter deste tipo de exercícios”, disse o governante, “é a formação das equipas que reagem a este tipo de incidentes”, promovendo uma interacção entre técnicos da Direcção Regional de Informática e técnicos de outros serviços da administração pública. A nível nacional, estabelecer uma ligação com os próprios serviços de ciberdefesa do exército português.

“É um exercício anual que reputamos da maior relevância”, salientou.

Rogério Gouveia adiantou que, no âmbito do PRR, há dois milhões de euros para investir até 2026 em ciberdefesa, entre sofware, equipamentos e realização de eventos como este. Até agora a RAM tem investido anualmente entre 100 e 200 mil euros nesta área.