A Câmara Municipal de Santa Cruz respondeu a críticas que vieram do Governo Regional, mais precisamente do “novo secretário das Finanças, que acabou de aterrar de pára-quedas no lugar de Pedro Calado” e que, diz a autarquia, “produziu ontem um extenso comunicado para atacar a Câmara de Santa Cruz e os seus.eleitos e defender o indefensável no que diz respeito às verbas que o Governo Regional deve a este concelho relativas ao IRS, IVA e terrenos do parque Industrial da Cancela”.
“O secretário é novo, mas os malabarismo são velhos, demonstrando o novel governante que aprendeu rápido a cartilha laranja de fuga para a frente e fuga à verdade”, critica a nota de imprensa da Câmara, enviada aos órgãos de comunicação social.
O executivo da JPP em Santa Cruz entende, porém, que convém estudar melhor os dossiers.
Primeiro, refere, porque nunca esteve em causa o que o Governo construiu no Parque Industrial da Cancela, “mas sim os terrenos que são nossos”.
“Se o senhor secretário construísse uma casa no terreno do seu vizinho, o terreno não passava a ser seu. O mesmo acontece no Parque Empresarial. Assim, é mentirosa a sua versão sobre a questão Parque Empresarial”, acusa a autarquia santacruzense.
“E mentirosa”, sentencia, é também a sua versão do secretário sobre as verbas em dívida do IRS e do IVA. “E isso já foi provado em tribunal numa decisão de que. V. Exas. recorreram, porque teimam em reter verbas já transferidas pelo Estado. Ou seja, ao contrário do que afirma, o Estado já pagou, mas o Governo ficou com dinheiro que era do povo de Santa Cruz . E isto tem um nome e não é bonito. Isto é roubo e, pelo menos em Santa Cruz, não vamos desistir enquanto não for devolvido à população deste concelho o que é seu por direito”, insiste a Câmara.
Em Santa Cruz, o executivo camarário garante “defendero povo e não as sociedades de desenvolvimento e os conselhos de administração recheados de tachos dourados para os boys do seu partido e daquele partido com quem agora o PSD anda coligado numa coligação nefasta e malévola de interesses”.
Em Santa Cruz, insiste a CMSC, “ao contrário do que o senhor secretário afirma, trabalhamos pelo desenvolvimento deste concelho, pelo bem comum e em defesa da coisa pública e não de organismos de cariz duvidoso e de pouca serventia”.
“Fosse o JPP poder e a primeira coisa era acabar com esses sorvedouros de dinheiro público, com essas plataformas de roubo de terrenos e verbas que pertencem a todos e que hoje servem apenas a alguns privilegiados”, conclui a Câmara.
