Miguel Albuquerque disse hoje aos jornalistas que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência deverão estar a chegar esta semana. Questionado sobre se a verba se consubstanciará em 13% da primeira tranche, respondeu: “Pensamos que sim. É esse o compromisso que existe por parte do governo central. Esperamos que esse dinheiro venha rapidamente, que nós precisamos”, assumiu.

O presidente do Governo Regional da Madeira falava à margem de uma visita que realizou hoje, acompanhado pela secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, a zona da faixa corta-fogo no Caminho dos Pretos. Na oportunidade, referiu que o Governo está ali a realizar uma intervenção em três frentes. A primeira é regeneração de uma área de 32 hectares, que se encontrava repleta de eucaliptos e acácias e que “era pasto de chamas todos os anos”.

Essa zona, adiantou, foi toda cortada, tendo sido abertos caminhos florestais. Está agora a ser regenerada, parcialmente com plantas endémicas, asseverou. No fim de Setembro, esta área deverá terminar de ser intervencionada. Uma outra área é um depósito de água, com capacidade para um milhão e 500 mil litros. O mesmo “irá servir uma conduta de incêndio com 9 km, que se prolonga até ao Palheiro Ferreiro”. O objectivo é ter água disponível em várias condutas, caso se verifiquem fogos florestais.

Em terceiro lugar, está-se a trabalhar numa área de 640 hectares, parte adquiridos, parte doados à Região, para substituição das espécies mais inflamáveis. 44 por cento da área já foi intervencionada neste sentido.

Numa altura do ano em que é mais provável a ocorrência de fogos florestais, a visita de hoje dos governantes pretendeu mostrar o que tem sido feito para os prevenir, e continuará a fazer-se.

Nisto foram investidos 220 mil euros do PRODERAM, sendo que a rede de incêndios anda à volta de dois milhões, 350 mil euros, 85% financiados também pelo PRODERAM.

Inquirido sobre as perspectivas para a possibilidade de incêndios este Verão, Miguel Albuquerque respondeu que está tudo a ser feito para o prevenir, com o patrulhamento no âmbito do POCIF a ser feito, com o helicóptero pronto a acudir, com drones em funcionamento, com equipas preparadas e com limpezas das áreas de eventual propagação de incêndios. “Os bombeiros estão preparados”, e dispõem de material adequado. As torres de vigilância de incêndios também, frisou, foram recuperadas.