O Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos reinicia a sua actividade cultural aberta ao público acolhendo a exposição fotográfica “Entrelaçando Salix Viminalis”, de Nuno Gonçalves, cuja inauguração ocorreu hoje pelas 10h00. A mostra ficará patente até ao dia 6 de Junho.

Nuno Gonçalves, fotógrafo amador da freguesia do Curral das Freiras apresenta 23 fotografias que explanam todo o processo da arte e engenho dos vimes e as suas diversas fases, desde o plantar, o podar, o descascar, o transportar e por fim, o encestar.

Na sessão de abertura da exposição, o vereador Leonel Correia da Silva, com o pelouro da cultura da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, referiu que, com a alteração recente das medidas de confinamento decretadas pelo Governo Regional da Madeira, os espaços culturais de Câmara de Lobos retomam a sua programação, estão já agendadas diversas iniciativas culturais, desde exposições, concertos musicais, peças de teatro, entre outras. O autarca enalteceu a forma elevada e responsável como os câmara-lobenses no seu conjunto cumpriram as recomendações das autoridades de saúde, sendo que o Município de Câmara de Lobos apresenta um baixo risco de contágio, sendo o concelho da área metropolitana regional que regista os valores mais baixos de contágio da COVID 19.

Relativamente à exposição patente no Centro Cívico do Estreito, Leonel Correia da Silva destacou que o “artesanato em vimes faz parte da nossa identidade cultural madeirense, daí ser de extrema importância a sua divulgação e salvaguarda (…)”

Os vimes e as cestarias até a década de oitenta serviram de fonte de rendimento para muitas pessoas que se dedicavam a esta actividade. Era nas margens das ribeiras e nas terras mais húmidas e chuvosas da ilha madeira, como o Curral das Freiras, Faial, Camacha, Santo da Serra, que os vimeiros cresciam em abundância.