Estepilha: Molhadas para cima, secas para baixo…

Rui Marote
Era assim o Tarrafal: “molhadas para cima secas para baixo”. Há mais de 20 dias que uma máquina da Tecnovia fazia de estaleiro o varadouro de São Lázaro. Cerca das 9 horas de hoje, a máquina desceu a rampa de varagem para iniciar a dragagem de pedras e lamas.
O manobrador, depois de uma longa espera pelo camião basculante para carregar o material retirado, resolveu iniciar a tarefa.
Toda esta operação executa-se com a maré vazia, aproveitando ao máximo que a máquina galgue algum espaço ao mar e possa dragar ao máximo.
Mas é um trabalho pouco útil, uma vez que esses detritos foram depositados em plena rampa, voltando a ser derramados (escorridos ) para o mar sem camião à vista… Passadas duas ou três horas a maré volta a subir e os materiais na rampa voltam  ao ponto de partida. São 11 horas: o camião hibernou e quando chegar volta a máquina a colocar todo esse entulho no basculante, numa operação repetitiva com mais horas de máquina e mais gasóleo gasto e mais trabalho do manobrador.
Uma segunda versão do “Baixio”. Quem fiscaliza a eficiência? um autêntico Tarrafal dos tempos modernos…