Miguel Albuquerque recusou hoje que existam, presentemente, condições para a habitual prova de atletismo “Cidade do Funchal”, mais conhecida por “corrida de São Silvestre”. “Neste momento, não há condições para nenhuma competição”, disse, à margem de mais uma visita a uma empresa na Região. O governante contrariava assim declarações recentes do presidente da Associação de Atletismo da Madeira, que mencionava a possibilidade de a prova ocorrer em determinadas circunstâncias de precaução.

“Só se houver alteração das circunstâncias… Mas isso, para mim, não é a preocupação fundamental”, reagiu, à pergunta de uma jornalista que o questionava sobre a possibilidade de realização da corrida. “Se se mantiverem as condições existentes neste momento em termos de pandemia, não vai haver volta à cidade”, insistiu.

Já questionado sobre se não teme que na noite de fim-de-ano se verifiquem ajuntamentos, o presidente do Governo Regional afirmou que o executivo vai apresentar “um plano atempado”, prevendo a utilização dos espaços e o necessário distanciamento. “Já estamos a trabalhar nisso”, garantiu. Em breve, prometeu, será apresentado o planeamento para toda uma panóplia de circunstâncias festivas.

Respondendo a outra questão sobre a mudança de perspectiva do IASAÚDE em relação aos assintomáticos da Covid-19, que ao fim de 15 dias podem abandonar o confinamento, Albuquerque considerou que essa decisão tem fundamento científico, acrescentando que não é especialista em Saúde e que segue normalmente as recomendações de quem o é. “Em termos de decisão política, estamos a tomar todas as decisões para conter a disseminação da pandemia na Madeira”.

Acerca dos eventos, não os considerou essenciais, pois “podem repetir-se em anos seguintes”. O essencial mesmo, insistiu, é a salvaguarda da saúde pública na Madeira. É preciso é evitar situações gravíssimas de descontrole da pandemia na RAM.

O chefe do executivo afirmou que, a nível hospitalar, está tudo preparado para o caso de verificar um agravamento da pandemia. “Está tudo preparado para qualquer eventualidade, assegurou”.

Miguel Albuquerque falava aquando de uma visita que efectuou hoje à Madconta, uma empresa já com 31 anos. A visita inseriu-se numa ronda às firmas de auditoria e contabilidade da Madeira, e que não têm tido mãos a medir no apoio às empresas madeirenses e em todo o processo burocrático para as empresas conseguir aceder aos apoios que estão a ser canalizados pelo Governo para a economia.