Madeira, a escolha deste verão…

O mês de Julho marca o arranque em força do verão na Ilha da Madeira num ano atípico, diferente, improvável, mas num ano onde se faz valer a máxima do que é regional é bom. Este ano, mais do que em todos os outros é necessário divulgar o destino Madeira, como um destino de eleição para todos aqueles que queiram desfrutar de umas belas férias neste paraíso situado a meio do Atlântico.

O Destino Madeira tem vindo a ser distinguido ao longo dos anos pela World Travel Awards como Melhor Destino Insular da Europa, sendo que neste ano, pela sétima vez volta a concorrer com mais onze destinos na mesma categoria, com fortes possibilidades de obter o galardão já em 2020.

Neste ano, devido às restrições que a pandemia nos impôs, tem sido pedido a todos os cidadãos que passem as suas férias cá dentro, que olhem para a nossa ilha, com outro olhar, com outra atenção, que se potencie o turismo local, que se dinamize a economia regional, que se consuma os produtos regionais que tanto interesse despertam lá fora, que para os mais aventureiros, se opte por realizar as diversas actividades radicais que a ilha tem para oferecer: Canyoning, Parapente, Coasteering, Asa-delta, Rappel, BTT, etc. Que se visite os recantos mais recônditos da nossa ilha, que se viaje pelos quatro cantos da ilha, que se aventurem pelas nossas mais belas levadas, que se visite os nossos picos mais altos, que se descubra as nossas mais belas praias, que se respire o ar puro da nossa floresta Laurissilva, que se desfrute do melhor que temos, mas nunca descurando as regras de segurança impostas pelas autoridades sanitárias.

Mas não só de mercado interno vive a Madeira, apesar de neste ano, a previsão para o consumo por parte de residentes ser superior, a Madeira precisa de rapidamente recuperar a sua operação turística e retomar das quebras que sofreu no início desta pandemia.

Em termos de segurança, a Madeira continua a ser a única região do território português que não regista nenhum óbito devido ao novo coronavírus. Onde o número de casos registados é o menor em todo o território. Onde os casos ativos são mínimos e onde não existe actualmente nenhum paciente em cuidados intensivos hospitalares. Onde existe testagem à entrada para as centenas de passageiros que visitam a nossa região. Onde o Governo Regional assegura a comparticipação dos testes feitos em loco e assegura também os testes efectuados até 72 horas antes nos laboratórios com protocolo com o Governo Regional. Uma região que dispõe de um formulário online onde pode ser mapeado a localização exacta de cada passageiro com o seu consentimento. Uma região que através da sua aplicação madeira safe poderá efectuar uma investigação epidemiológica muito mais rápida e eficaz.

Todos estes factores fazem da região um destino seguro, um destino a ser visitado, um destino onde as regras de controlo são apertadas, um destino com maior segurança para todos os habitantes e turistas. No entanto, devido aos surtos que têm vindo a ocorrer em Portugal Continental, mais propriamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, Portugal tem vindo a ser excluído dos corredores turísticos de alguns dos seus mercados emissores, tal como é o caso do Reino Unido. O Reino Unido na última listagem divulgada, optou por excluir Portugal como destino seguro, dando às Regiões Autónomas o título de destino seguro condicionado, pois a quarentena obrigatória de 14 dias continua a ser vinculativa para todos os ingleses que desejem passar férias no destino Madeira.

Esta situação, a meu ver, penaliza e muito o turismo da região, sendo que a Madeira tem sido pioneira no combate a este coronavírus, e não merece ser incluída nas restrições mundiais, pois apesar de pertencer ao mesmo território, dispõe de um Governo Autónomo que desde cedo soube tomar todas as medidas restritivas de forma a conter este surto, tornando-se um caso de sucesso e de muitos elogios por parte dos parceiros turísticos. A Madeira não pode continuar a ser prejudicada pela má gestão do Governo da República e merece que a sua imagem permaneça intacta e credível juntos dos mercados emissores que tanto contribuem para a dinâmica turística e económica da região.

* O autor escreve segundo a antiga ortografia da língua oficial portuguesa*