Pedro Ramos diz que a Saúde “não pode ser negócio de amigos” e 75 milhões “é o que gastamos atualmente em medicação”

Jornadas comunicação AO secretário regional da Saúde esteve hoje na II Jornada Comunicação em Saúde para dizer que o setor atravessa um momento muito importate, considerando que “é bom passar da fantasia à realidade” e fazendo questão de dizer que “o Serviço Regional de Saúde é muito diferente do Serviço Nacional. Temos investido, temos proximidade”. Um momento para Pedro Ramos “disparar” contra os críticos, mas sobretudo contra os Estados Gerais do PS, sem nunca mencionar diretamente a iniciativa dos socialistas.

Pedro Ramos ironizou com as posições recentemente assumidas por Paulo Cafôfo, o candidato socialista à presidência do Governo Regional, quando este falou na possibilidade de adquirir um hospital por 75 milhões de euros. O governante disse, para a plateia que o ouvia no Hospital Dr. Nélio Mendonça, que recentemente quase que éramos testemunha do maior negócio da área Saúde da Madeira, com muitas suspeições, 40 milhões rapidamente se transformariam em 75 milhões”. Referia-se à diferença do custo real do Hospital Particular, cerca de 40 milhões, e os 75 milhões apontados por Cafôfo.

O secretário incidia a sua intervenção com “recados” para os Estados Gerais do PS-M, que decorreram no último sábado. Diz que “a Saúde da Madeira não pode ser negócio de amigos, quando provavelmente os próprios amigos nem sabiam. Era impossível aceitar isto. Os profissionais do privado não podem esperar enriquecer à custa do serviço regional e do serviço nacional de saúde. A história do conto de fadas está a precisar de outros atores, uma vez que os atuais não correspondem. As propostas são surrealistas e irracionais, ferem a equidade do sistema. Comunicar em Saúde não é para todos”.

Pedro Ramos diz que “a Saúde não se contrói com demagogias e o Governo Regional tem sido coerente e tem a Saúde como a prioridade desde 1976. A Saúde não é só listas de espera, é recursos humanos, equipamento, tecnologia, serviços, procedimentos para aumentar índices de sobrevivência, 75 milhões de euros é o que gastamos atualmente em medicação e tratamos de 250 mil pessoas, não investimos esse dinheiro apenas em 20 mil pessoas. Os nossos passos mais recentes vão ao encontro dos nossos profissionais, aumentando a humanização dos serviços, interna e externamente”.

A II Jornada de Comunicação em Saúde foi destinada a todos os profissionais do SESARAM das várias áreas, constituíu objetivo promover o debate e reflexão, em torno do processo da comunicação em Saúde, quer na relação, profissional de saúde-utente, quer no processo transcomunicacional entre os profissionais da equipa de saúde, com a convicção de que existe uma estreita relação da qualidade destes processos no bem-estar do cidadão-utente.