Rafael Macedo, o médico que até ao momento coordendou a unidade de Medicina Nuclear e que já recebeu o documento que dispensa os seus serviços, que segundo próprio, encaminha a sua situação para o despedimento por justa causa, veio contestar a classificação de “justa causa”, apontando que “não menti” e, com isso, considerando não se justificar essa mesma justa causa. Um caso para ser tratado pelo advogado Garcia Pereira, que vai defender o médico no processo que o SESARAM moveu.

Num contexto em que o SESARAM tinha avançado que estava a decorrer um processo disciplinar e que, enquanto isso acontecesse, o médico seria suspenso das funções, este viria a apresentar-se hoje ao serviço, mas estava a porta fechada. Depois, disse, na sua página de facebook que tinha sido convidado a sair: “Deram-me uma caixa de lixo hospitalar”.

Já esta tarde, pela mesma via, reagiu assim” Eu não faltei. Justifiquei as faltas com férias a seu tempo legal. As supostas faltas não estão no documento confidencial do meu processo disciplinar. Nunca prejudiquei qualquer doente que tinha cirurgia, apenas faltei no dia dos exames que, não tendo lista de espera, não afetaram qualquer prazo clínico estipulado. Isso aconteceu por 3 x, durante 18 meses da minha atividade de Medicina Nuclear convencional, porque não tinha ninguém para substituir-me e por motivos pessoais imperiosos. Nunca meti uma baixa médica neste período. Em treze anos de médico, apenas estive de baixa 3 semanas para cirurgia a um acidente ocular que tive, em Agosto de 2007. Até ao momento não verifiquei qualquer verdade/fundamento no proferido contra a minha pessoa. Estou cansado mas com força para rebater cada mentira com cadência diária”.