Tal como o Funchal Notícias deu conta, em peça anterior, a taxa de desemprego na Região está acima da média nacional, de acordo com resultados do Instituto Nacional de Estatística, respeitantes ao último trimestre de 2018. Uma interpretação que do ponto de vista do Governo Regional é diferente, considerando o Executivo que “é um sinal muito positivo da Economia Regional a manutenção da taxa de desemprego de 8,9% no 4.º trimestre de 2018, em relação ao trimestre homólogo, e em contraciclo com outras regiões do País como os Açores (aumentou 0,2%) e o Algarve (aumentou 0,5%).
Nesta leitura dos números, o Governo considera que “mais importante que esta manutenção, é a visão global do ano, com a Madeira a conseguiu reduzir dos 10,4% de 2017 para os 8,8% o ano passado (-1,6%). É mesmo o valor mais baixo registado desde o início da série estatística do INE em 2011”.
Numa nota enviada à comunicação social, o Governo aponta fatores externos como a entrada massiva de pessoas oriundas da Venezuela na Madeira, e o seu impacto no emprego na RAM, considerando que “facilmente concluiremos que a economia está a registar uma retoma significativa e que, não obstante esta realidade, está a conseguir neutralizar este efeito, conforme mostra a taxa de desemprego hoje publicada pelo INE”.
A mesma nota refere que “pode mesmo concluir-se que se não fosse esta realidade, que continua a registar números elevados, e que geram alguma apreensão (o número de desempregados oriundos da Venezuela na região entre 2016 e 2018 foi de quase 4 mil pessoas), a Madeira poderia evidenciar resultados ainda mais positivos face às taxas hoje publicadas”.
Reforça o Governo que “são, de facto, muito boas notícias para a RAM, até porque em abril de 2015, quando o atual Governo Regional tomou posse, a taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira era de 15,8%, sendo já 14,7% no final desse ano. A Madeira, ao conseguir manter a taxa de desemprego no 4.º trimestre de 2018, vem demonstrar igualmente políticas seguidas acertadas, que permitem segurar e dinamizar a economia na Região, em crescimento há 65 meses consecutivos. Na realidade, a Madeira nunca teve tantas pessoas a trabalhar, atingindo os 125 mil empregados o ano passado, contra os 111,5 mil em 2015. A economia insular está a conseguir atrair investimento estrangeiro e mão-de-obra qualificada”.
O documento de análise acrescenta, ainda, que “a retoma económica a que temos assistido tem ajudado a atingir o desafio mais importante de todos para o Governo, que é a criação de emprego, um pilar social fundamental. Para este ano, a despesa associada às medidas de emprego ascende a 18 milhões de euros. A nível global da economia, o executivo madeirense traçou um Orçamento Regional para este ano para servir o tecido económico empresarial, apoiando as empresas a prepararem-se para os desafios. Há aqui a reter a aposta continuada na política de desagravamento fiscal, visando alavancar oportunidades para as empresas. No fundo, para criar condições para que os empresários possam reinvestir nas áreas produtivas.
