Paulo Cafôfo, o candidato do PS à presidência do Governo Regional, considera que “não é a gritar contra Lisboa que nos tornamos os melhores defensores da Autonomia. Não é a dividir os madeirenses e a colocar uns contra os outros que se honra a Autonomia”, uma posição expressa hoje, na sua página de candidatura na rede social Facebook, num contexto de realização do Congresso do PSD-Madeira, onde as baterias foram apontadas a Lisboa e ao Governo da República.

Hoje, Cafôfo escreve que “há uma enorme vontade de mudança, há um sentimento de esperança, há um acreditar num novo tempo e neste projeto do PS. É tempo de virar a página. É tempo de mudar”.

Para o candidato que vai medir forças com Albuquerque, numa bipolarização que deverá dominar as próximas eleições regionais de setembro, a avaliar pelos estudos e pelas sondagens, mas também pela sensibilidade que o dia a dia confere, “a Autonomia não é um capricho, nem é só a nossa legítima aspiração de autogoverno. É a melhor resposta que nós madeirenses podemos dar a uma realidade que é a insularidade, tendo capacidade de exigir o que temos direito, e com a fibra dos nossos antepassados que desbravaram vales e montanhas, sem desculpas ou atribuição de culpas, resolvermos os nossos problemas, construirmos mais futuro para os que aqui vivem, para os que quiserem regressar ou para os que aqui se quiserem fixar”.

Paulo Cafôfo escreve ainda que “mais do que ganhar sondagens, há que trabalhar duramente, chamar pessoas para mudar o estado de coisas, ouvir e debater ideias mobilizadoras para lidar com os desafios, responder com políticas concretas aos problemas de hoje, apresentar soluções para as próximas gerações. É nisso que estou concentrado, é isso que as pessoas podem esperar de mim”.

Promete uma “nova forma de governação e de desenvolvimento que coloca as pessoas em primeiro lugar. Esta é a melhor forma de afirmar a nossa Autonomia, através do desenvolvimento e da qualificação das nossas gentes. Não é como fez o PSD a fazer dívida incomportável e a agachar-nos a Lisboa na assinatura de um Plano de Assistência Financeira, perdendo direitos e competências que custaram tanto a conquistar”.

Cafôfo dá , também, tónica dominante ao factor pessoal: “Quem me conhece sabe que não me vou abaixo com os ataques, por vezes ofensas, que me fazem, nem que me deslumbro com os resultados das sondagens ou envaideço com as vitórias eleitorais. Amo esta terra onde nasci e sem alguma vez ter planeado estar neste papel, tenho a confiança de tanta gente que me pede para ganhar, porque sabem que ao ganhar, naquele que será o dia mais bonito da nossa democracia, ganham os madeirenses e os porto-santenses. Quero dizer que estou preparado. Vamos a isto”.