“Átrio da Paz” debate na igreja de São José o regresso dos emigrantes da Venezuela

No dia 16 de Novembro (nesta Sexta feira), às 19.30 horas, o «Átrio da Paz», na Igreja de São José, leva a efeito uma conferência/debate com o jornalista da TSF, Nicolau Fernandes, sobre a problemática dos refugiados, particularmente, os «regressados» à Madeira dos luso-descendentes da Venezuela.

Esta ação vem na sequência do apelo do Papa Francisco no documento para a celebração do II Dia Mundial dos Pobres 2018 (18 de Novembro), onde diz «No caminho para o segundo Dia Mundial dos Pobres, talvez se pudesse pensar na organização de momentos de preparação para esse dia; tais momentos poderiam ter lugar nas paróquias, nas dioceses, nas associações católicas, mas também nas escolas e universidades».

“Tendo em conta que a chegada de povos em qualquer sociedade sempre cria algum sentimento de repulsa nalguns meios sociais, antes que se agrave este mal entre nós, é preciso que pensemos e conheçamos bem os contornos da realidade toda, para que resquícios de xenofobia, desprezo, indiferença e racismo não prevaleçam, e não agravem ainda mais o sofrimento ou firam a dignidade de quem teve necessidade de deslocar-se à procura de sobrevivência e da segurança. Neste âmbito deveremos seguir o que propõe o Papa Francisco com os três verbos: Gritar (Clamar), Responder e Libertar”, revela uma nota de divulgação do evento.

Gritar: ouvir os que estão na condição de «regressados» da Venezuela. Para este nosso encontro de Sexta feira, apelamos às pessoas que não tenham receio de estar presentes e colocarem as questões que entenderem, partilhando a sua experiência.

Responder: Este nosso encontro no «Átrio da Paz», a nível paroquial, responde ao desafio do Papa Francisco e pretende «responder, no sentido de participar na dor e nos sofrimentos do pobre e sentir compaixão por aquilo que lesa a sua dignidade humana». Vamos assim seguir a sugestão do documento papal «que os encontros poderiam ser também a ocasião para refletir sobre a forma de pobreza que está mais próxima de nós e, portanto, a “que causa mais incómodo” e se torna mais difícil de socorrer, bem como sobre o facto de nenhum de nós estar “imune” à pobreza: todos estamos “imersos em tantas formas de pobreza”».

Libertar: diante do drama que todos os dias estamos a ser confrontados com pessoas nesta condição de terem «fugido» da Venezuela, nós cristãos, não podemos estar descansados, devemos procurar esforçar-nos «por libertar os irmãos e as irmãs da condição de pobreza que os impede de gozar plenamente dos direitos humanos fundamentais e de se abrirem a um novo desenvolvimento humano integral». Obviamente, que não temos meios suficientes para apresentar a resolução do problema, mas pela reflexão, o diálogo e a chamada de atenção, podemos encaminhar e fazer despertar a sociedade para esta questão de pobreza que se atravessa diante dos nossos olhos neste preciso momento. Não podemos nem devemos deixar só para alguns os problemas que são de todos nós. Momento aberto ao público em geral.