Pedro Santana Lopes, uma figura destaca do PSD, vai abandonar o partido. Foi isso mesmo o que disse na carta que escreveu ao líder social democrata Rui Rio e que o Observador divulga. O objetivo de Santana Lopes é formar um novo partido.

Na carta, o histórico que recentemente perdeu para Rio as eleições para a liderança interna, dá por concluída a militância de 40 anos, considerando que “não faz sentido continuar numa organização política só porque já estamos há muito, ou porque em tempos alcançamos vitórias e concretizações extraordinárias se, no passado e no tempo que importa, no tempo presente, não conseguimos fazer vingar ideias e propostas que consideramos cruciais para o bem do nosso país”.

A aproximação de Rio ao PS é outro dos pontos de referência na carta, sublinhando que “vinha aí uma estratégia de condescendência para com o PS, para mim, um erro grave. Disse, e repeti, que os militantes deveriam rejeitar a via que, de modo mais ou menos explícito, admitia o Bloco Central”. Elogia Pedro Passos Coelho, de quem diz ser uma “pessoa com grandes qualidades, em vários domínios da vida”

 

ondescendência para com o PS, para mim, um erro grave. Disse, e repeti, que os militantes deveriam rejeitar a via que, de modo mais ou menos explícito, admitia o Bloco Central”, escreve Santana Lopes, citado pelo Observador.

Recorda o episódios de Jorge Sampaio, que demitiu um governo por si liderado: “Quando destacadíssimos militantes do partido tudo fizeram para que Jorge Sampaio abolisse a maioria parlamentar legítima e estável por motivos que se ‘absteve de enunciar’. Ou, no ano seguinte, quando o PSD impediu a recandidatura à Câmara Municipal de Lisboa que conquistáramos, a pulso, à maioria de esquerda, quatro anos antes”.