Albuquerque lembra os tempos de “aumento do desemprego, do fecho de empresas e da estagnação” para valorizar o crescimento atual da Madeira

Albuquerque IDE B
Albuquerque disse aos empresários que a Região inverteu o processo que levou à estagnação da Madeira, ligando o progresso à sua chegada ao Governo.

A Câmara Municipal do Funchal vai promover, no próximo sábado, dia 24 de fevereiro, um debate aberto a toda a população, na Reitoria da Universidade da Madeira, e que terá como tema central a aluvião de 20 de fevereiro de 2010, na semana em que se assinalam oito anos sobre esta data fatídica na História do concelho. A iniciativa foi do Presidente Paulo Cafôfo, que acredita estar na altura de a cidade abordar de uma forma definitivamente madura as consequências da tragédia, com os olhos postos nos desafios que se continuam a colocar ao Funchal a médio e longo-prazo.

presidente do Governo Regional aproveitou o momento em que, como disse, estava presente “a élite empresarial da Madeira”, na cerimónia de registos de pagamento ao abrigo dos projetos dos vários Sistemas de Incentivos, no Salão Nobre do Edifício do Governo, para lançar um olhar ao antes e ao depois da governação Albuquerque. Falou, sobretudo, daquilo que foi a “libertação” da Madeira relativamente ao “espartilho” imposto pelo PAEF.

Miguel Albuquerque recordou que “o nosso processo político tem um rumo e é importante que tenham a perfeita noção daquilo que tem sido feito nos dois últimos anos, um processo que foi estruturado e pensado para atingirmos estes objetivos. Acho que as coisas, na vida, muitas vezes não acontecem por acaso e acho que é importante reiterar o que foi levado a cabo e qual a meta que pretendemos atingir”.

Desde o princípio, disse, “a nossa meta prioritária foi retirar a Região do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro a que estávamos submetidos, um processo doloroso, difícil e sobretudo porque poucos acreditavam que fosse possível, em poucos meses, a Região libertar-se desse espartilho e ganhar a liberdade decisória, fundamental para orientarmos o nosso rumo coletivo. Quando cheguei ao Governo, não tínhamos liberdade decisória sobre qualquer matéria, uma vez que estávamos constrangidos e obrigados a pedir autorização ao Banco de Portugal e às instâncias da “troika”, relativamente a tudo o que tivesse impacto na despesa pública”.

Deste modo, lembra Albuquerque, “foram definidos dois objetivos prioritários. Um apontado para o financiamento, no sentido de nos libertarmos deste processo constrangedor, que tinha levado a Região à estagnação e ao aumento do desemprego, que quando cheguei ao Governo era de 15,8%. E, paralelamente, a consolidação das Finanças Públicas que nos permitisse que os mercados e os agentes económicos ganhassem confiança. É importante nos lembrarmos que tivemos uma situação de estagnação económica, de diminuição de rendimentos, de fecho de empresas e que neste momento a situação foi invertida completamente. E não vale a pena dizer que é ficção, uma vez que a Região regista crescimentos em todos os vetores”.