A “falta de vontade política da República em relação a assuntos pendentes com a Madeira” foi motivo de abordagem por parte da Comissão Política do PSD-M, que reuniu hoje na sede à Rua dos Netos. Esses assuntos pendentes foram enumerados como sendo “o financiamento do Novo Hospital, ainda sem qualquer verba prevista no Orçamento do Estado para 2018, a revisão do Subsídio de Mobilidade, os juros da dívida, as dívidas dos subsistemas de saúde, a equidade entre a Madeira e os Açores nas verbas transferidas para a Segurança Social, são assuntos que precisam de resolução”.
Outra tónica das reunião, cujo porta voz foi Jorge Carvalho, incidiu na componente económica. Primeiro, o PSD-M lembra os quase três anos de mandato do Governo Regional, relevando o que considera ser “o clima de recuperação económica e social que se tem verificado na Região”, além da “dinâmica empresarial e a confiança no investimento”, que “têm reflexos na diminuição do desemprego, que atingiu o seu valor mais baixo desde 2011”.
Neste contexto, o Orçamento e o Plano para 2018 “reforçam a reposição dos rendimentos das famílias, reduzem a carga fiscal, promovem o investimento e solidificam as políticas sociais”. O alívio fiscal traduz-se, por um lado, “na redução do IRS em 14,4% no 1º escalão (que já garantiu às famílias madeirenses uma poupança de 25M€ desde 2016)” e, por um outro lado, “no IRC para as PME´s, com a redução da taxa de 17 para 16%”. E há a coesão social, destacando-se “os 355M€ para a Educação e os 317M€ para a Saúde, sendo que este último sector tem um acréscimo de 30 M€ em relação a 2017”.
A Comissão Política social democrata congratulou-se com duas situações. Primeiro, juntando duas eleições com “a mobilização dos seus militantes na eleição das comissões políticas de freguesia do PSD, assim como nas diretas para a eleição do novo Presidente do PSD/Nacional, felicitando Rui Rio pela vitória. Estamos certos de que reúne o perfil, as condições e as qualidades necessárias para cumprir com os objetivos da social-democracia e derrotar a esquerda aliada à extrema-esquerda nas legislativas nacionais de 2019”. Segundo, com “a aprovação, na Assembleia da República, de um projeto de resolução referente aos Lesados do BANIF e aos emigrantes lesados do BES/GES, proposto pelos deputados do PSD/Madeira. Abre-se assim uma solução de um problema que já se arrasta há dois anos”.
A marcação da data da festa do Chão da Lagoa, para 29 de julho, a indicação de Francisco Santos para presidente do Gabinete de Estudos e Relações Externas do PSD/Madeira e a assinatura da declaração conjunta no final da II Cimeira Atlântica que pretende reforçar a cooperação entre as duas regiões e valorizar o regime autonómico no contexto nacional, europeu e atlântico, foram decisões saídas desta reunião “laranja” madeirense.
