Soluções de última hora para retomar seguros de vida mas quanto mais idade mais difícil

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O Santander está a procurar soluções para retomar os seguros dos créditos à habitação dos clientes que viram denunciados os seus contratos.

Estão a ser preparadas soluções de última hora para resolver o problema dos clientes do Santander que tinham seguro de vida contratualizados com a Açoreana, associados a créditos à habitação e que viram os contratos denunciados com termo a 31 de dezembro de 2017. Um caso que o Funchal Notícias vem noticiando e que afeta muitos madeirenses, que neste momento ainda estão sem seguro de vida.

A informação é avançada pela edição online de “dinheiro vivo”, que diz ainda que “a Açoreana criou uma linha de apoio específica e o Santander garante que nenhum cliente ficará sem seguro de vida. O banco apresentou uma proposta preparada pela seguradora Ageon Santander Portugal, que será aplicada caso a caso. “Todavia, têm a liberdade de optar por outras soluções”, indicou o banco”.

A mesma notícia reforça a informação que o Funchal Notícias já deu, nas diferentes referências sobre o assunto, acerca do envio tardio da correspondência aos clientes, a maior parte recebendo as cartas em janeiro quando os seguros terminaram em 31 de dezembro. Além disso, o Santander dá conta que só foi informado, pela seguradora, a 5 de dezemrbo, mas o próprio Santander apenas enviou a informação aos clientes com data de 22 de dezembro, situação que, previsivelmente, atendendo à época natalícia, dificilmente chegaria às mãos dos clientes antes do final do ano. E mesmo que isso acontecesse, não haveria tempo para uma solução que evitasse a existência de um vazio na cobertura dos créditos.

O “dinheiro vivo” refere que o regulador está a avaliar esta situação, no sentido de apurar se foram respeitados os prazos de informação aos clientes e se os agentes envolvidos, o Santander e a Açoreana, através do grupo segurador, cumpriram com os requisitos estabelecidos para estes casos.

O mesmo jornal online indica, também, que o grupo segurador vai enviar novas cartas aos clientes, agora com informação mais detalhada, mas as declarações atribuídas a Maurício Oliveira, assessor da Comissão Executiva da Açoreana, deixam em aberto algumas situações que não deixam de causar apreensão. Diz este responsável que os casos mais complicados prendem-se com segurados com mais idade, o que não é propriamente uma novidade, uma vez que esta denúncia de contratos, à partida, iria penalizar precisamente as pessoas com mais idade. As palavras do porta voz da Açoreana são claras relativamente à possibilidade de agravamento no preço do seguro: “Para as pessoas com 68 anos, admito que pode ser difícil conseguirem um seguro de vida. Mas mesmo para essas temos uma solução, embora não possamos garantir que fiquem a pagar o mesmo prémio que pagavam”.

Recorde-se que o FN divulgou a existência, na Madeira, de clientes do Santander, que estavam a receber cartas da instituição bancária a informar da denúncia de contratos de seguros de vida associados aos créditos à habitação, por parte da Seguradora Vidas, grupo que resultou da fusão da Tranquilidade com a Açoreana, esta uma seguradora que contratualizou os seguros nos créditos do Banif, adquirido como se sabe pelo Santander.

Ontem, em declaração ao Funchal Notícias, como demos destaque, os responsáveis pela Seguradora Vidas avançaram que os contratos eram temporários e com duração anual, o que já estava definido no início da formalização dos acordos, pelo que a denúncia era possível. Quanto à informação, muitos madeirense não receberam cartas da seguradora mas sim do Santander, havendo o caso, já atrás mencionado, da disparidade de datas, o que se traduz na dúvida do cumprimento dos prazos legalmente estipulados parta estes casos.